A MAGIA DE CONCHITA




A MAGIA DE CONCHITA







                                                             
Seria  A Magia de Conchita uma simples coincidência?

Diria Anita:  “  nada é coincidência, tudo está escrito”






Olhar da sedução!


Atrás dos olhos misteriosos de uma cigana, se escondem grandes mistérios e que só podem ser contados por grandes escritores e atuados por grandes atores e atrizes.

Uma simples menina
ou
uma perigosa mulher?
 



Uma menina doce e encantadora que possuida pelo espirito de Anita, que apos a morte da menina se iincorpora em uma boneca chamada Conchita e tenta atravé dessa boneca , reviver todo o seu passado romantico e erótico, sem imaginar que transformaria completamente a vida a vida de Amélia



Dedicatória
Dedico este roteiro para todos aqueles que participaram do grupo do whatsapp- A Magia de Conchita, principalmente à minha esposa que foi quem me mostrou a minissérie Presença de Anita  eao meu grande amigo virtual Andersom Dias (Andy), que por varias vezes me ajudou com este roteiro, mesmo estando longe, ele foi escenssial para que eu pudesse criar essa versão para a continuação de Presença de Anita.


Objetivo
Este roteiro tem o objetivo de apresentar uma possivel continuação da minissérie Presença de Anita, onde varios fãs participantes de um grupo do whatsapp, comentaram que seria interessante que dessem continuação na minissérie.  Algumas pessoas chegaram a apresentar idéias diferentes, mas todas coincidiram que a personagem Anita se apresentaria mais velha, impossivel pois a Anita morre em seu sobradinho e não poderia fazer parte de uma possivel continuação.
Então, dentro do grupo começamos a juntar idéias e baseado na ultima cena de Presença de Anita realizada no sobradinho com a morte de Anita e Nando, juntei com todo o restante da minissérie e dei inicio a este roteiro que espero agradar aos fãs, pois da-se uma real continuidade na minisserie e não perde seus personagens, com exceção de Anita, Nando e Zezinho
O real objetivo deste roteiro é alcançar todos os fãs de P.A. e consequentemente agrada-los.





A MAGIA DE CONCHITA

Uma boneca de gesso misteriosa que ao retornar de São Paulo para seu local anterior (o sobradinho), causa espanto na população e principalmente na família do velho Venâncio. Maior espanto causa quando chega as mãos de Amélia.

 a trágica morte de Nando no sobradinho de Anita, Lucia Helena volta para São Paulo junto de (Luiza e Luizinho), onde tentam novamente recomeçar suas vidas sem a presença de Nando.   Luiza vai para uma faculdade de arquitetura seguindo os passos de seu pai.   Heitor e Roberto também voltam e retomam seus trabalhos normalmente.  A notícia da tragédia na pequena cidade de Florença chega até a capital e é vista como bomba a morte de um arquiteto renomeado, sabendo do acontecido a imprensa procura Lucia para maiores informações.  No entanto, Lucia estando muito abatida com a morte do marido se recusa a dar informações do assunto, mas a imprensa é persistente e persegue Lucia e seus Filhos durante meses.    Vendo tantas notícias na televisão e nos jornais, Roberto se apavora e liga par Lucia, que ao atender se mostra extremamente desesperada com situação.   Roberto então se oferece para passar uns dias com Lucia para ajudá-la e Lucia aceita sem retrucar, pois sabe de suas necessidades de um homem em casa, tendo em conta que está somente ela, Luiza, Luizinho que é uma criança e a empregada que basicamente já se tornou membro da família.  Roberto então vai imediatamente para a casa de Lucia levando presentes para reanima-la e tentar agradar, afinal após tudo que ocorreu uma companhia como Roberto seria ideal para ela.   Ao chegar no apartamento de Lucia, Roberto é recebido com um forte abraço de Lucia que cai em prantos desesperadamente e diz a Roberto que não sabe como vai lidar com aquela situação incomoda da imprensa.  Roberto pede calma e diz a Lucia que ele se encarregara de receber os jornalistas no lugar dela, mas que não vai dar nenhuma informação desnecessária à eles.  Luiza chega da faculdade trazendo Luizinho e ao entrar em casa se surpreende com a presença de Roberto, mesmo porque se assusta ao vê-lo abraçado com Lucia.  Então Luiza pergunta o que significa aquilo, ela queria uma explicação lógica da situação.   Roberto até explica a situação para a menina, mas ela sai irritada em direção a seu quarto.    No outro dia durante o café da manhã quando todos estão sentados à mesa, Lucia explica melhor para Luiza e Luizinho, que ai entendem melhor mas, não fica muito no agrado deles não, mas se é para ajudar Lucia, eles aceitam e se conformam.   Roberto assume a frente em relação aos jornalistas.    O tempo foi passando e Lucia foi retomando sua vida normalmente, os assédios por causa da morte de Nando foram acabando, Roberto e Lucia assumem um relacionamento a dois.

Enquanto isso na cidade de Florença, o velho Venâncio é eleito prefeito da cidade, Marta segue como sua assessora pessoal em assuntos financeiros da prefeitura.
O casarão da fazenda onde Nando e Lucia ficaram permanece fechado como sempre foi.  Marta se encanta com seu criado Rubão mas não assume nada publicamente com o rapaz, mas continua dando suas escapadas com ele meio que as escondidas.  O relacionamento dos dois é quente e apaixonante, é de dar inveja a qualquer casal. Para não levantar muita suspeita do relacionamento entre os dois, Marta ordena a Rubão que vá para a fazenda cuidar das coisas de lá, para que não fiquem tão abandonados e diz a ele que sempre estará lá para ver se o serviço está saindo do jeito que ela quer que seja, mas na verdade Marta queria era um pretexto para ficar sozinha com ele, pois seu pai vivia muito ocupado com as obrigações da prefeitura.    Enquanto isso no sobradinho de Anita que foi deixado por Armando para a jovem, a polícia faz a perícia que é obrigatório após o incêndio.  Tudo foi completamente destruído pelo fogo o interessante e que deixou os policiais assustados foi que a estatueta (conchita) estava intacta e sem qualquer arranhão, isso deixou todos que estavam presentes assustados, o policial que antes havia visto Anita morta seguir a estatueta com os olhos disse ao delegado:
__ Viu doutor eu disse ao senhor que tinha algo estranho com essa estatueta, mas o senhor não acreditou!
E o delegado responde:
__ Isso é coisa da sua cabeça oca, não passa de uma simples estatueta, ela não queimou porque é de gesso.  Você e suas alucinações me deixam louco.
A mãe de Anita pega conchita e leva com ela, sendo a única lembrança de sua filha.
Como Anita havia pedido em vida para sua mãe que entregasse a conchita para Nando e ele também morreu em seguida, a mãe de Anita segue para a casa de Marta.
Chegando lá, a mãe de Anita diz:
__ bom dia!  A senhora que é dona Marta?
__ Marta, sou eu mesmo, por favor nada de dona, apenas Marta, mas o que houve e quem é a senhora?
__ sou mãe de Anita .
__ sim, a menina do sobradinho?
__ isso.
__ em que posso ajuda-la?
__ não quero atrapalhar, vim apenas trazer isso que pertencia ao senhor Fernando e estava lá no sobradinho.
__ mas como isso ficou inteiro depois do incêndio?
__ não sei dizer também, mas como minha filha deu isso para o seu Fernando eu achei direito entregar para a família dele.
__ não sou parente dele a minha irmã era casada com ele, mas pode deixar comigo que quando minha irmã vier aqui eu entrego a ela.    Com isso a mãe de Anita vai embora e vende o sobradinho para um empresário de São Paulo, por um valor baixíssimo em razão das condições que estava, inclusive o jipe também. O empresário por sua vez, manda reformar todo o sobradinho onde ele irá morar, tendo em vista que sua vida era muito corrida, lá seria um lugar ótimo para ele descansar e refrescar a cabeça.  Um homem de 47 anos que era dono de uma galeria em Las Vegas (EUA), onde havia um quadro de uma menina nua exposto á venda por $2.000, que havia sido feito por um pintor chamado Armando    Após dias consecutivos de trabalho e a idade já avançada, o velho Venâncio adoece e cai de cama, Marta comunica o médico da família que imediatamente vai fazer uma visita de rotina, já que o pai dela não queria que chamasse o médico ele vai disfarçadamente.  Lá chegando o médico percebe que a situação do velho era das piores e teria que interna-lo imediatamente. Mas para isso Marta precisa da concordância das outras irmãs e imediatamente comunica elas.  Julieta ao saber do acontecido parte imediatamente para Florença junto de seu marido Heitor.  Lucia Helena também recebe a notícia e vai para Florença com Roberto.  Luiza fica em São Paulo com Luizinho pois não podem parar os estudos. . . 


11/02/2015  - 00:20

Chegando em Florença na casa de Marta, Julieta e Lucia Helena encontram seu pai desacordado e seguem de volta para falar com o Doutor Eugênio que estava na sala aguardando elas para explicar a situação.
-        Marta:
__ bom dia doutor estamos todas aqui, o senhor já pode começar a falar.
-        Doutor Eugênio:
__ claro senhoras, então vamos lá.   A situação do pai de vocês é muito delicada, ele sofreu um enfarto causado por uma parada cardiorrespiratória.  A musculatura de seu corpo já não suporta mais tantos esforços do dia a dia dele, tendo em vista a idade avançada dele.  Sugiro que encaminhem ele imediatamente para ser observado em uma clínica pois a situação dele é realmente complicadíssima.
-        Julieta:
__ o senhor está querendo internar meu pai?
-        Marta:
__ doutor se ele tiver que morrer, ele vai morrer estando aqui ou na clínica e eu não tenho como cuidar da prefeitura sozinha e da minha casa e a fazenda...
-        Doutor Eugênio:
__ Sim claro! Se isso tiver que acontecer irá acontecer em qualquer lugar, mas ele estando sob observação medica é mais fácil para controlar a situação e quanto a senhora dona Marta, tem suas irmãs que podem lhe ajudar.
-        Lucia:
Eu infelizmente não posso ajudar no momento porque preciso voltar para São Paulo amanhã ainda cedo, pois a Celeste está sozinha com o Luizinho e a Luiza, e depois da morte do Nando, a Luiza está cada vez mais rebelde e namorando firme com o Anselmo não posso deixá-los sozinhos por muito tempo, mas posso voltar daqui alguns dias, tendo em vista que a Luiza irá entrar de férias. Claro que se o Roberto não se importar.
-        Roberto;
__ claro que não meu amor, você pode fazer o que quiser, aliás eu vou adorar passar uns dias por aqui.
-        Doutor Eugênio:
__ bom gente, então está explicado e vocês decidem como será feito.  Em caso de vocês aceitarem a internação do pai de vocês é só me comunicar.  Agora preciso ir trabalhar.
-        Julieta:
__ espere doutor! Se a situação é tão grave não podemos esperar muito, se for o caso Marta eu fico com vocês por aqui.
-        Heitor:
__ opa!  Ju você está se esquecendo que semana que vem é o aniversário da Amélia?
-        Julieta:
__ claro que não meu Heitor, a gente faz na fazenda seria até melhor, tem mais espaço do que no nosso apartamento no Rio.
-        Marta:
__ então está resolvido doutor, o senhor pode fazer os preparativos para a internação do papai que o resto a gente resolve aqui.
O médico prepara toda documentação necessária do prefeito e encaminha-o para uma clínica de sua responsabilidade, onde ele poderá observar de perto as reações e fazer o tratamento adequado com o paciente.  Lucia volta com Roberto para São Paulo, Heitor também volta ao Rio de Janeiro, pois não pode deixar o trabalho assim de repente.  Enquanto isso Julieta e Amélia deixam a fazenda com Marta e vão para a cidade, Onde Amélia vai procurar fazer amizades para ter convidados em seu aniversário de 12 anos.  Amélia consegue algumas amizades na cidade e a festa é marcada na fazenda durante a tarde, para aproveitarem a piscina, os convites são enviados a todas as amigas de Amélia e também para Lucia e Roberto em São Paulo.   
Em São Paulo no apartamento de Lucia, Luiza chega da faculdade  junto com seu namorado Anselmo, que foi para São Paulo com Luiza para estudarem e acaba ficando na casa de Lucia, para fazer companhia à Luiza, ao entrar no apartamento Luiza diz::
-        Luiza:
__ oi gente  quero todo mundo aqui, pois tenho que falar algo e quero que todos ouçam.
-        Lucia:
__ nossa que euforia é essa Luiza:  oi Anselmo tudo bem?
-        Anselmo:
__ oi dona Lucia, tudo sim!
-        Lucia:
__ Nossa eu fico dois dias sem ver você e já me começa a chamar de dona.  Luiza, fala logo que eu estou ficando ansiosa.
-        Luiza:
__ gente, eu e o Anselmo vamos nos casar no final do ano.
-        Lucia:
__ Que maravilha Luiza você tomando juízo assim, mas temos que fazer um jantar de noivado, vocês já avisaram os pais do Anselmo?
-        Luiza :
__ Eu nem pensei nisso, pensei em avisar os pais deles por telefone.
-        Anselmo:
__Eu quero fazer tudo certinho sim Dona Lucia, mas a Luiza não quer.
Eu disse á ela que quero pedir a mão dela pra família e tudo mais.
-        Luiza:
__Pedir pra quem? Se esqueceu que meu pai explodiu naquele incêndio?
-        Lucia :
__Que horror Luiza, isso não é jeito de falar.
Anselmo você está certo, porque não conversamos com a minha irmã Julieta e vocês fazem o comunicado oficial junto com a festa de 12 anos da Amélia, dai fazemos uma festa só na fazenda.
-        Luiza:
__ Por mim tudo bem Lucia, então você se encarrega de providenciar isso.
Lucia fica tão empolgada com o noivado de Luiza, que liga para Julieta e elas combinam como será a festa na fazenda, para comemorar os 12 anos de Amélia e o noivado de Luiza

Com a reforma do sobradinho pronta, o empresário francês (Leonardo - Leon ) decidi se mudar imediatamente para lá, visando um descanso que só se encontra em uma cidade pequena como Florença, mas nunca deixando de lado o que mais gosta de fazer que é trabalhar com artes e colecionar coisas antigas.  Ao mudar-se para o sobrado, o empresário instala na cidade uma filial de sua galeria, onde expõe seus trabalhos e suas antiguidades raras.
Mas é no sobradinho dele que ficam as suas obras mais caras. É feito a inauguração da galeria de Leon em Florença e estão presentes pintores, escritores, jornalistas do mundo inteiro para prestigiar a nova galeria. É servido um coquetel aos convidados.


AS FESTIVIDADES.
Lucia vai para fazenda, faltando apenas três dias para a festa, para se encarregar da organização do noivado do jovem casal, enquanto lá na fazenda, Julieta corre com os preparativos para a festa de Amélia.
Amélia está ansiosa com a festa e liga para suas amigas para confirmar a presença delas, já que é véspera e ela espera correr tudo bem.
Luiza e Anselmo chegam na fazenda na véspera da festa bem cedinho,.  Os encarregados da decoração  do local já estavam a todo vapor e Lucia ficava em cima para que nada desse errado.
Luiza e Anselmo ficam até tarde da noite na área da piscina namorando e imaginando como será o dia seguinte, onde eles anunciarão à família de Anselmo o noivado, então chega próximo a eles a Lucia.
-        Lucia
__ meninos porque vocês não vão descansar, amanhã o dia vai ser cansativo.
-        Luiza
__ estamos lembrando de quando nos conhecemos aqui na cidade e tentando imaginar como será amanhã, fica com a gente Lucia?
-        Lucia
__ não obrigado meninos, não tenho boas lembranças desse local.  Foi aqui que conversei com Nando pela ultima vez antes do acidente com ele e depois ele me levou para a cidade onde encontrei com a cigana
-        Luiza
__ nossa Lucia você tem que deixar isso de lado, já fazem quase três anos que meu pai morreu, você agora está com Roberto.  Esquece o passado, vida nova, animação.
-        Anselmo
__ bola pra frente Lucia!
-        Lucia

 
__ vocês têm razão!   Vou me deitar que estou morta de sono, juízo ai em meninos!

18/02/2015

 
O jovem casal acaba dormindo no jardim.  Amanhece o grande dia com um lindo sól e os jovens noivos acordam assustados quando percebem que dormiram no jardim.

Luiza e Anselmo seguem para a cozinha onde tomam café com Julieta, Lucia, Marta Amélia, chegando la:

-          Luiza

__ bom dia gente!

-          Marta

__ bom dia posso saber onde o casal de pombinhos passou a noite, porque no quarto não foi, ele nem foi mexido.

-          Anselmo

__ ficamos na área da piscina até tarde e acabamos dormindo por la mesmo e quando percebemos já estava amanhecendo o dia.

-          Marta

__ vocês têm que tomar mais cuidado, são muito distraídos, é perigoso dormir lá fora no tempo, dormiram no chão pelo jeito né?

-          Lucia

__ Marta deixa o casal aproveitar, o dia hoje é deles.

-          Luiza

__ e estamos bem isso que importa.


Todos tomam café e em seguida Lucia vai a procura do encarregado da decoração e preparação da festa, para saber como estão os preparativos.  Julieta vai a cidade com Amélia fazer compras enquanto isso Marta sai a procura de Rubão.  Caminhando a procura do rapaz, Marta é surpreendida pelas costa or Rubão, que a segura pela cintura junto a seu corpo e diz:

-          Rubão

__ me procurando Marta?

Marta estremece e amolece as pernas dizendo:

-          Marta

__  estamos só nós e os festeiros na fazenda , dai vim ver se você queria ajuda com alguma coisa.

-          Rubão

__ não está tudo em ordem, mas ja que você veio . . .


Rubão beija loucamente Marta que se entrega ao rapaz por completa.  Os dois se amam intensamente, quando de repente aparece do nada Anselmo e Luiza e veem a cena de Marta e Rubão, Luiza jamais deixaria passar em branco aquilo e quando Marta percebe a presença de Luiza, solta Rubão e se afasta dizendo:

-          Marta

__ o que vocês estão fazendo aqui, não foram para a cidade?



-          Luiza

__ quem diria ... você toda sargentona, dando ordens, ai se agarrando com um empregado.   Parabéns Rubão, você domou a fera.

-          Marta

__ veja bem como você fala comigo menina, eu não sou a Lucia não hein.

Luiza olha para Marta com um olhar sínico e rindo, segura as mãos de Anselmo e sai.

Marta volta para o casarão e quando lá chega escuta o telefone tocar e atende.  Era o doutor Eugênio, que liou para dizer que o velho Venâncio não estava bem, teve umas crises e tinha piorado, mas estava sob controle a situação.  Já é quase meio dia e esta tudo pronto par a festa, o almoço tambem já esta pronto quando vão chegando todos aos poucos, primeiro Julieta e Amélia chegam com varias blsas, minutos depois Lucia aarece após ter dispensado os montadores da festa e por ultimo chega Anselmo e Luiza que olha para Marta com um olhar sinico e pergunta:

-          Luiza

__ oi Marta, como foi sua manhã sozinha aqui na fazenda?  Nossa, deve ter sido horrível, ou foi bom demais né.

Marta nem responde, vira e sai sem falar nada.  Todos juntos na sala sentam-se para ver os presentes que Amélia comprou, quando Marta volta e diz:

-          Marta

 Já estava me esquecendo de dizer.  Ju e Lucia o Dr. Eugênio ligou e disse que o papai teve umas crises hoje cedo, deu uma melhorada mas, parece que ja estava medicado e de repouso.  Julieta se mostra preocupada com o pai e Lúcia diz que ele sairá dessa tranquilamente, pois é um homem forte.   De repente ouve-se várias buzinas, eram dois carros chegando, um estava Heitor e no outro Roberto, Celeste e Luizinho.

-          Roberto

Oi gente linda, já estava com saudade de vocês!  E como está o casal de noivos ? preparados para hoje  a noite?

Luiza responde que sim, tudo dentro dos conformes.   Heitor entra comprimenta todos e abraça Julieta .


-          Julieta

__ Heitor, que surpresa, achei que você fosse vir mais a tarde.

-          Heitor

__ então!  Aproveitei que ganhei folga hoje e decidi fazer uma surpresa vindo mais cedo.


-          Marta

__ bom família reunida de novo, agora podemos almoçar, afinal daqui quatro horas começam as festividades, vamos.


Todos saem  da sala ,mas Julieta permanece.  Quando Marta percebe que sua irmã ficou para trás ela volta e pergunta.


-          Marta

__ Ju você não vem, não?  Oque houve? Você está abatida, soando frio.  Você está se sentindo bem?

-          Julieta

__ estou bem! Um pouco preocupada, mas estou bem.  Sempre que nos reunimos alguma coisa ruim acontece e o papai na clínica.  Fico pensando bobeira.

-           Marta

Tudo bem Ju, eu sei que você está preocupada, mas vamos animar, hoje é aniversário da sua filha e nada vai acontecer de ruim, mesmo porque nem vamos sair da fazenda.

-          Julieta

__ espero que não mesmo!


Todos já almoçaram e com isso a hora passa.

Já são quase quatro horas da tarde e as amigas da Amélia começam a chegar e aos poucos a piscina começa a ficar cheia de convidados, Marta, Ju, Lucia e companhia também se acomodam na beira da piscina. 

A festa rola e já são sete horas da noite e a família de Anselmo também já chegaram no local. 


28 de fevereiro de 2015



 Marta permanece no casarão enquanto todos estão reunidos na piscina.

 Aproveitando que já estão presentes todos os convidados, Roberto sobe em cima de uma cadeira e começa a falar:

-          Roberto

__ pessoal, um momento de sua atenção por favor, tenho um pronunciamento à Fazer.

                Quero chamar aqui para perto de mim o mais lindo casal do momento, Anselmo e Luiza.

Enquanto todos observam os jovens se aproximam de Roberto que começa a falar:

-          Roberto

__ é com muito orgulho que tenho o prazer de anunciar a todos os presentes e em especial a família de Anselmo, que esse jovem casal a partir de hoje estão noivos oficialmente e eu me sinto honrado de estar anunciando isso aqui.  Aproveito para dar os parabéns ao casal e dizer que estou muito feliz com essa decisão deles.  Passo a palavra ao noivo, Anselmo.

-          Anselmo

__ obrigado Roberto e a todos os presentes.  Sei que essa noticia caiu como surpresa principalmente para meus familiares, mas foi uma decisão minha e da Luiza, de assumirmos esse compromisso publicamente e agora vamos pensar na data para nos casarmos. 

-          Roberto

__ bem, é isso pessoal!  Agora vamos voltar para as comemorações que a noite é uma criança.    Que tal cantarmos parabéns para Amélia agora?

Todos os presentes formam um círculo e Amélia fica no centro, prosseguindo, todos começam a cantar parabéns à Amélia, mas de repente aparece Marta vindo desesperadamente em direção de Julieta e Lucia gritando:

-          Marta

__ Ju, Lucia, pelo amor de Deus!

-          Lucia

__ pelo amor de Deus digo eu Marta, o que houve?

-          Julieta

__ fala Marta o que aconteceu?

-          Marta

__ o doutor Eugenio ligou da clínica e pediu que nos dirigíssemos o mais rápido possível para a clínica , o papai piorou.

-          Lucia

__ então o que estamos esperando, vamos logo.

Julieta avisa Heitor e pede que avise o Roberto. 

As três filhas do velho Venâncio seguem para a clínica e chegando lá recebem a triste notícia de que seu pai acabara de falecer.  Marta por ser a filha que viveu maior parte do tempo com seu pai, passa mal e desmaia precisando ser socorrida imediatamente e enquanto isso Julieta consola Lucia e liga para Heitor e pede que ele venha para clínica com Roberto, mas pede que eles sejam cautelosos por causa do Luizinho e da Amélia.

Na fazenda, após a ligação de Julieta, Heitor comunica Roberto do acontecido. Eles decidem cancelar a festa.  

Heitor:

__ Roberto, o nosso sogro acaba de falecer.

-          Roberto:

__ Precisamos cancelar as festividades então.

-          Heitor:

__ Mas a Julieta disse para sermos cautelosos por conta das crianças.

-          Roberto:

__ Mas não tem como a gente continuar com a festa, aqui é uma cidade pequena e logo o povo vai ficar sabendo, isso se já não estiverem sabendo, afinal Venâncio era o Prefeito da cidade, um homem extremamente respeitado. Pegaria muito mal saberem que enquanto ele esta lá morto, estamos festejando aqui. Vai parecer que estamos festejando a morte dele.

-          Heitor:

__ Você esta certo, mas como vamos fazer isso, sem chocar as crianças?

-          Roberto:

__Deixa comigo.

 Roberto então  pega o microfone e anuncia que por motivos de força maior a festa terá que ser cancelada, pois os familiares do prefeito precisam ir ate a clinica onde ele se encontrava internado.

Luiza imediatamente procurou Heitor para saber o que realmente estava acontecendo.

Luiza se revolta por estar sendo cancelada a festa do noivado dela e discute feio com Roberto e Heitor.    Durante a discussão Luiza se exalta e diz:

-          Luiza

__ pouco me importa se aquele velho morreu, ele não era nada meu mesmo e essa festa também é minha.

-          Heitor

__ Luiza, você tem que entender que você está dentro da propriedade dele e que seria uma falta de respeito continuarmos a festa.

-          Luiza

__ sei muito bem que a propriedade é dele.   Anselmo, pegue nossas coisas que vamos voltar para São Paulo agora mesmo, me recuso a ficar mais um minuto aqui dentro.

Luiza e Anselmo pegam tudo que lhes pertence e saem da fazenda.

Celeste fica apavorada pois Luizinho chora muito e ela já não sabe mais como acalma-lo e pede ajuda para Roberto, que vai conversar com o garoto.

-          Roberto:

__ O que foi campeão? Não precisa ficar assim.

-          Luizinho:

__ O que esta acontecendo com meu avó?

-          Roberto:

__ Calma campeão, ele só está precisando de um pouco mais de cuidados só isso viu, agora eu vou pra clinica ver se sua mãe precisa de ajuda e trazê-la embora.

Depois de tudo acontecido na fazenda, Roberto e Heitor deixam Luizinho e Amélia com a Celeste e seguem para a clínica.   Chegando lá, os rapazes explicam para suas mulheres o acontecido na fazenda envolvendo Luiza.

 Lucia decide que depois conversaria com Luiza e Anselmo, mas no momento a prioridade era o velório de seu pai.

Marta, recuperada e mais calma liga para a fazenda e pede para Celeste e Rubão arrumarem a sala para fazer o velório do velho Venâncio.   Lucia diz para Julieta que precisa voltar para fazenda e dar a notícia para Luizinho e pede para Roberto levá-la. Julieta aproveitando a carona também vai para fazenda conversar com Amélia.

Enquanto isso Marta e Heitor ficam na clínica preparando toda a documentação para o velório do ex prefeito.

 No dia seguinte as 07:00hs da manhã o corpo do velho Venâncio chega a fazenda e é velado até as 14:00hs e depois encaminhado até o cemitério municipal.

Após o enterro do ex-prefeito Venâncio o vice assume seu lugar na prefeitura, Marta entrega seu cargo e se muda para a fazenda, Julieta decide ficar em definitivo na fazenda com Marta, mas Heitor precisa voltar e resolver sua situação em seu emprego, para depois se mudar.  Lucia e Roberto também preparam as malas para voltar à São Paulo

Na saída rumo a São Paulo, Lucia se despede de todos e quando vai se despedir de Marta, é surpreendida com uma caixa de papelão que sua irmã trazia nas mãos.

-          Marta

__ Lucia, esta caixa foi deixada comigo pela mãe daquela moça que teve um caso com Nando e depois do incêndio no sobrado foi a única coisa que escapou inteira e como isso teria sido dado ao Nando em vida, a mãe da moça decidiu trazer aqui, mas como você era esposa dele eu me vejo na obrigação de lhe entregar.  Tome é seu agora!

-          Lucia

__ mas o que será que o Nando teria naquela casa, não me lembro de nada.

Ao abrir a caixa Lucia se assusta.

-          Lucia

__ meu Deus! É uma estatueta de gesso, o Nando nunca me falou sobre ela e eu nem sabia que ele tinha uma boneca.

-          Julieta

__ Lucia, você não acha que é estranho essa estatueta ter ficado inteira diante de tudo que se passou no sobrado, os peritos disseram que nada havia ficado inteiro, como isso poderia ter ficado intacto.

-          Lucia

__ Eu não quero isso Marta.

-          Marta

__ e o que eu vou fazer com isso?

-          Amélia

__ Ela é linda Tia! Da ela pra mim tia, como presente de aniversário .

-          Julieta

__ de jeito nenhum Amélia, essa estatueta é muito estranha e não quero isso dentro de casa.

-          Amélia

__ mas mãe!

-          Julieta

__ não e pronto Amélia e não discute comigo.

-          Lucia

__ Já sei o que vou fazer, vou levar a estatueta comigo para São Paulo e la vou doar para um colecionador de objetos antigos, ele vai adorar.

-          Marta

__ boa ideia Lucia, assim ficamos todos mais tranquilos pois essa coisa é meio sinistra.

Lucia segue para São Paulo com Roberto, Celeste e Luizinho, levando também a estatueta de conchita.     Lá em São Paulo, Lúcia doa a estatueta par um conhecido colecionador de objetos antigos e velhos, que fica extasiado com a raridade que acaba de ganhar.




 
Aproveitando para fazer compras, Lucia dá uma passadinha pelo shopping e depois volta para seu apartamento, onde encontra Luiza e Anselmo.

 

 
-          Lucia


__ Luiza, que surpresa vocês aqui a essa hora, não foram para a faculdade? Ou saíram mais cedo?


-          Luiza

__ nem uma coisa, nem outra Lucia!  Viemos nos despedir e dizer que alugamos um apartamento e estamos nos mudando para lá, afinal de contas eu não sou nada sua e você não tem obrigação de me aturar por aqui.
-          Lucia
__ Mas eu nunca falei nada quanto a isso Luiza, você sempre foi uma companheira para mim
-          Luiza
__ Mas já está feito e não tem como voltar atrás e quero viver minha vida com meu marido.  Ah, e vamos nos casar no mês que vem aqui mesmo em São Paulo, você será convidada e de vez em quando quiser vá nos visitar.
-          Lucia
__ Parabéns Luiza, parece que você está criando juízo.  Espero que vocês sejam felizes e fiquei muito feliz em ver que você está se tornando responsável.
-          Luiza:
__ Não é questão de estar criando juízo é que eu tenho vergonha na cara.
-          Luizinho:
__ Oba! finalmente vou ter a casa só pra mim.
-          Lucia:
__ Luizinho isso não é modos de falar com a sua irmã.
-          Luizinho:
__ Ela é uma chata e também é só minha meia irmã. Mas confesso que vou sentir falta, não vou ter mais ninguém para brigar e nem para pôr a culpa de meus erros.
Luiza sorri e dá um abraço em Luizinho e diz:
-          Luiza:
__ Também te amo pirralho, quando quiser me ver é só pedir a Lucia para te levar até o meu apartamento.
O jovem casal se despede de Celeste e Luizinho e vão viver suas vidas.
Na fazenda Marta contrata uma empregada (Nilza) para ajudá-la no casarão e também a organizar a casa que era do velho Venâncio, separar documentos pessoais e da prefeitura, para serem repassados ao atual prefeito.
Julieta vai até o cartório da cidade arrumar a documentação dos bens de seu pai e aproveita para matricular Amélia na escola.   Ao passar pela praça, Ju e Amélia se deparam com uma exposição de artes e pinturas e vão olhar mais de perto.
Observando a aproximação de Ju e Amélia, o empresário Guilhermo (Gui)  vai de encontro com elas.
-          Guilhermo (Gui)
__ olá! Tudo bem moças?  Posso ajuda-las em algo?
-          Julieta
__ não obrigado! Estamos apenas olhando.
-          Amélia
__ Essas obras são suas?
-          Guilhermo (Gui)
__ não eu as compro.  Gosto de quadros, vasos antigos, estatuas de gesso e coisas do tipo.
-          Amélia
__ então o senhor é pintor?
-          Julieta
__ Amélia, para de ficar importunando o moço.  Desculpa moço, minha filha é muito curiosa.  Vamos Amélia!
-          Amélia
__ mãe, eu quero ver os quadros , não custa nada.
-          Julieta
__ é melhor irmos embora, isso sim.  A Marta deve estar preocupada com a gente.
-          Amélia
__ eu posso ficar mãe, depois você vem me buscar.
-          Julieta
De jeito nenhum Amélia, você vem comigo e pronto.
Ju volta para a fazenda com sua filha e chegando lá Amélia vai correndo para o quarto deixando Ju com Marta na sala.
-          Marta
__ O que houve com ela Ju? Mais uma rebelde na família?   Primeiro a Luiza, agora Amélia?
-          Julieta
__ ela se irritou porque fomos a uma exposição de quadros que estava tendo na praça e ela queria ficar lá.  Não tinha como deixar ela lá sozinha, nem sei quem são esse pessoal que estava na exposição.
-          Marta
__ parece que é um grande empresário que veio da França para São Paulo e agora se mudou para cá.  Ele tem uma galeria lá perto da praça mesmo.
-          Julieta
__ tudo bem, mas eu não poderia deixar a Amélia lá. Outro dia eu levo ela la na galeria.
-          Marta
__ é, isso você que decide, afinal ela tem apenas doze anos.
Passam –se dias, semanas e aproveitando que na cidade agora tem uma galeria, a escola de Amélia repassa aos alunos um trabalho sobre artes e pinturas e pede que eles pesquisem da melhor forma possível.   Amélia aproveita que a escola soltou os alunos mais cedo e vai até a galeria para preparar seu trabalho, antes que seus amigos apareçam, assim ela conseguiria sair na frente deles.  Chegando na galeria, Amélia vê-se frente a frente com o empresário.
-          Amélia
__ oi! Preciso fazer um trabalho sobre artes e pinturas, o senhor poderia me ajudar dando uma entrevista.
-          Guilhermo (Gui)
__ claro! Sou todo ouvidos, mas antes quero lhe responder a pergunta que me fez no dia em que veio na praça com sua mãe.  Se lembra?
-          Amélia
__ sim, perguntei se o senhor era pintor e minha mãe me deu bronca.
-          Guilhermo (Gui)
__ então! Eu não sou pintor, apenas compro quadros e coloco eles em exposição para vende-los mais caro e ganhar alguma coisa sobre o valor deles.  É apenas para distrair a cabeça.  Não ficar sem fazer nada.
-          Amélia
__ mas compensa para o senhor comprar e depois vende-los?  Porque não guarda para você?
-          Guilhermo (Gui)
__ compensa sim!  Ganho muito dinheiro com isso e tenho minhas coleções particulares em casa, aliás tenho uma obra que comprei na França feita por um escritor acho que brasileiro conhecido como Armando, um quadro lindo de uma garota nua.
-          Amélia 
__ nossa deve ser lindo, mas nunca ouvi falar desse tal de Armando não.  Nossa, mas será que ela ficou pelada na frente dele para ele pintar?
-          Guilhermo (Gui)
__ segundo fiquei sabendo sim.
-          Amélia
__ qualquer dia você me mostra ele?
-          Guilhermo (Gui)
__ aqui vai ser difícil, pois eu não tiro ele de casa.  É uma relíquia e tenho um luxo com ele.
-          Amélia
__ então eu vou na sua casa e você me mostra.
-          Guilhermo (Gui)
__ iria na casa de um homem desconhecido assim, apenas para ver um quadro?  Você não tem medo?
-          Amélia
__ porque?   Você vai me agarrar?   Estou morrendo de medo.
-          Guilhermo (Gui)
__ mas eu moro sozinho menina.
-          Amélia
__ que ótimo! Assim vou poder fazer um trabalho bem detalhado.  Vai ser o melhor trabalho da escola.  Se você não se importar é claro!


04 de março de 2015




 
 
 
-          Guilhermo (Gui)


__ sua mãe jamais vai deixar você ir em casa sozinha, convida alguma amiga sua.


-          Amélia

__ minha mãe não vai ficar sabendo e não vou convidar ninguém.  Vou sozinha!  Agora preciso volta para perto da escola que está na hora da minha mãe me buscar.   Mas eu volto aqui antes de ir na sua casa. Tchau.
Amélia sai da galeria e quando chega próximo da escola, sua mãe já estava esperando por ela.
-          Julieta
__ Amélia, onde você estava filha? Ja estou aqui a meia hora. 
-          Amélia
-          __ mãe você não vai acreditar, a escola passou um trabalho sobre artes, objetos antigos e pinturas, daí eu aproveitei e fui até a galeria fazer uma pesquisa.  O Guilhermo (Gui) me ajudou bastante.
-          Julieta
__ Amélia, eu falei para você não ir naquela galeria sozinha, você nem conhece o dono direito.
-          Amélia
-          __ mãe a galeria é do Guilhermo (Gui) ele é um amor de pessoa, educado e me tratou muito bem.
-          Julieta
__ Amélia eu quero você longe desse tal de Gui, pelo menos até que a gente o conheça melhor, isso porque seu pai ainda não sabe.   Agora entra no carro e vamos embora.
-          Amélia
__ mãe, ele disse que eu posso ir na casa dele ver a coleção de quadros que tem lá, são raridades.
-          Julieta
__ Amélia, eu já mandei você entrar no carro e não discute mais comigo, se for o caso eu te levo em São Paulo, lá também tem muitas galerias.
Amélia entra no carro calada e Julieta segue para fazenda e durante o caminho segue dando bronca em Amélia.  Dois dias depois seu pai Heitor chega Do Rio de Janeiro, Amélia vai para a escola e chegando lá a inspetora diz a ela que não haverá aula pois os professores estão em greve.
Sem pensar duas vezes, Amélia vai até a galeria a procura de Guilhermo (Gui), Quando chega lá, percebe que Guilhermo (Gui) não está, então pergunta sobre ele para uma moça que trabalhava no local (Patrícia).
-          Amélia
__ moça, cadê o dono da galeria?
-          Patrícia
__ o Dr. Guilhermo não vem para cá hoje, ele está arrumando as coisas na casa dele.
-           Amélia
__ você poderia me dizer onde fica a casa dele?
-          Patrícia
__ é ali na outra rua, um sobradinho verde e branco bem na esquina.
Amélia agradece a moça e sai correndo a procura do sobradinho.  Depois de andar por várias ruas, a menina avista o sobradinho e chegando bem próximo, vê o empresário na sacada e grita.
-          Amélia
__ Guilhermo!
-          Guilhermo (Gui)
__ oi Amélia, como achou minha casa.
-          Amélia
__ perguntei lá na galeria Guilhermo, posso entrar.
-          Guilhermo (Gui)
__ claro! Já vou descer aí.
Enquanto Guilhermo (Gui) descia, Amélia entrou e quando ele desceu encontrou a menina dentro da sua sala.
-          Guilhermo (Gui)
__ como você entrou aqui Amélia?
-          Amélia
__ empurrei a porta e ela abriu daí eu entrei.
-          Guilhermo (Gui)
__ verdade! Sempre me esqueço que essa porta não tem chave.  A moça que me vendeu disse que a filha dela nunca usou chave.  Afinal o que você deseja?  Posso te ajudar em alguma coisa?
-          Amélia 
__ vim ver seus quadros raros, preciso terminar meu trabalho sobre artes e pinturas, me ajuda?
-          Guilhermo (Gui)
__ claro que sim, vai olhando os quadros ai que eu estou terminando de arrumar meu quarto, qualquer coisa estou lá em cima.   Terminando aqui você me chama e eu te passo algumas informações interessantes para o seu trabalho.
Enquanto Amélia fica olhando os quadros na sala, o empresário sobe para ajeitar o quarto, a menina olha quadro por quadro e faz anotações.   Quando termina de anotar os dados para o trabalho a menina chama o empresário, que por estar muito distraído separando fotos sentado na cama não escuta o grito de Amélia.   Ela então sobe bem devagar e quando vê Guilhermo (Gui) sentado na beira da cama e totalmente distraído, ela corre e senta no colo dele dando lhe um beijo selinho na boca do empresário e diz a ele muito obrigado por ajudar com o trabalho.  A menina se levanta e sai correndo do quarto.   O empresário sem reação fica paralisado tentando entender o que acabou de acontecer. 
Quando Amélia chega na porta de saída, Guilhermo (Gui) vai até a sacada e fala para Amélia:
-          Guilhermo (Gui)
__ você vai voltar? Pegou tudo que precisava?
E com um olhar de alegria e satisfação, a menina para se vira e diz:
-          Amélia
__ sim, muito obrigado!   Eu vou voltar.
-          E a menina voltou, voltou e voltou várias vezes na casa de Guilhermo (Gui), por ele ser atencioso e fazer tudo o que ela queria.  Amélia tinha por ele um carinho tão grande , mas tão grande que acabou virando um amor proibido.  Por varias vezes Amélia dizia para sua mãe Julieta que iria na casa de uma amiga na cidade e acabava na casa do empresario.  Houve dias que Amélia saiu para dormir na casa de amigas e acabou dormindo com Guilhermo (Gui).   Até que um dia bem cedo a menina vai até a casa do empresario e chegando lá:
-                    Guilhermo (Gui)
__ oi Amélia que bom que você apareceu, precisava falar com você mesmo e não sabia como.
-          Amélia
__ aconteceu alguma coisa GUI?   Não vai me proibir de vir aqui na sua casa, vai?
-          Guilhermo (Gui)
Guilhermo da uma risadinha e diz:
-          Guilhermo (Gui)
__ não! Não é isso, vou viajar para São Paulo amanhã e queria te pedir para dar uma olhada na casa para mi, ja que ela não tem porta.
-          Amélia
__ você vai demorar lá?   O que vai fazer lá?
-          Guilhermo (Gui)
__ vou ficar lá dois dias, vou participar de um leilão de objetos antigos e quadros, vou ver se acho alguma coisa diferente para trazer para a minha galeria.
-          Amélia
__ traz um presente para mim?
-          Guilhermo (Gui)
__ trago sim!  Mas o que você quer?
-          Amélia
__ deixo a sua escolha , você tem bom gosto. 
-          Guilhermo (Gui)
__ tá  bem, então vou arrumar minha mala e descansar , amanha viajo cedo.
-          Amélia
__ então também vou para casa, vou deixar você descansar hoje e fica tranquilo que olho sua casa com carinho.
Ao chegar em casa, Julieta cobra explicação de Amélia por ter saido tão cedo.
-          Julieta
__ Amélia, posso saber aonde a senhorita foi a essas horas?
-          Amélia
__ fui na casa de uma amiga na cidade, mas ela não estava e eu decidi voltar.
-          Julieta
__ mentira Amélia, liguei para todas as suas amigas e nenhuma delas sabia de você.  Filha já fazem dias que eu ando te observando, você sai dizendo que vai na casa de amigas, mas elas mesmo não veem você a dias. Onde você tem ido esses dias?
-          Amélia
__ ah mãe, é uma amiga nova que arrumei
Nisso, entra Marta na sala e diz:
-          Marta
__ Vai ver ela esta se encontrando as escondidas com aquele empresário Ju, tendo em vista que ele mora sozinho.
Amélia fixa um olhar assustado em sua mãe que pergunta:
-          Julieta
__ filha você não esta se encontrando com aquele velho, está?
A menina continua com o olhar fixo e assustado e vai dando pequenos passos para traz e sua mãe continua.
-          Julieta
__ amélia eu fiz uma pergunta.  Esses dias que você andou sumida na cidade, você estava com ele?
E a menina continua recuando e nada fala.   Julieta começa a gritar:
-          Julieta
__ responde Amélia, você dormiu com ele?
Sem obter resposta , Julieta investe para cima de Amélia e começa a estapear a menina.   Marta só assiste a cena e não diz nada e quando Ju solta a menina,ela sai correndo e gritando
-          Amélia
__ eu te odeio mãe, eu te odeio!
Amélia corre para seu quarto e se tranca la.   Quando Heitor chega ele tenta conversar com a menina mas...
-          Heitor
Amélia abre essa porta que eu quero falar com você!    Filha abre a porta por favor!
-          Amélia
__ eu não quero falar com ninguem pai, você tambem vai defender a mamãe.
-          Heitor
__ filha, mas ele é muito velho para você.  Você tem que arrumar um garoto da sua idade.
-          Amélia
__ eu não quero um garoto eu quero um homem.
-          Heitor
__ chega Amélia você ja esta dizendo besteiras, vai ficar ai até quando?
-          Amélia
__ só quando vocês deixarem eu ver o Gui.
-          Heitor
__ então você vai mofar ai dentro até se tornar maior de idade, dai poderá ir atras desse tal Gui.
Heitor deixa Amélia no quarto e desce para falar com Julieta.
-          Julieta
__ e então Heitor, conversou com ela?
-          Heitor
__ não, ela não quis abrir a porta e disse que só sai de lá se deixarmos ela ver o tal Gui.
-          Julieta
__ ela é muito teimosa, eu não sei o que foi que ele fez para ela chegar a esse ponto.
-          Heitor
__ vou procurar esse cara e ter uma conversa com ele.
-          Julieta
__ não heitor, na verdade ele não tem culpa, a nossa filha que foi atras dele.
-          Heitor
__ tudo bem ,mas na segunda-feira eu vou leva-a escola para não correr o risco de ela ir atras dele e depois vou busca-la.
O restante da sexta-feira passa, o sabado termina e ja é noite de domingo e Amélia continua no quarto.  Para seus pais Amélia está a dois dias sem comer, mas eles não sabem que durante a madrugada a garota sai do quarto e vai assaltar a geladeira.  Julieta, Marta e Heitor estão jantando e a empregada vai até o quarto levar comida para Amélia.
-          Nilza
__ Amélia, abre aqui que trouxe sua janta.
-          Amélia
__ eu não quero, pode levar de volta.
-          Nilza
__ mas você não come a dois dias menina, vai ficar doente.
Amélia se cala e Nilza volta com a comida para a cozinha.
-          Julieta
__ ela não quiz Nilza?
-          Nilza
__ não senhora dona Ju.
-          Julieta
__ Não sei mais o que fazer com essa menina.
-          Marta
__ deixa ela lá, quando a fome apertar ela sai.
-          Heitor
__ bom gente, vou assistir meu jornal, tomar uma ducha e depois cama, amanhã acordo cedo pra levar Amélia na escola e vou dar uma voada pelas redondezas.
-          Julieta
__ que isso Heitor, dando de voar agora?
Heitor da uma risadinha e sai de fininho.  Em seguida Marta também sai e Julieta fica conversando com Nilza na cozinha.
Depois de terminado o serviço na cozinha, Nilza vai dormir e Julieta também.  O domingo se foi e ja é segunda-feira, dia da chegada de Guilhermo e dia de aula da Amélia.  Heitor acorda as seis horas da manhã e é surpreendido quando encontra Amélia sentada no sofá da sala pronta para ir à escola.
-          Heitor
__ bom dia Amélia, você ja esta pronta ?  achei que não fosse querer ir a escola hoje.
-          Vou sim, acordei cedo para não me atrasar.
-          Heitor
__ não se preocupe vou levar você hoje, preciso ir a cidade e te levo.
Assustada Amélia diz:
-           Amélia
__ como assim você vai me levar?  Eu sei ir sozinha pai, sempre fui.
-          Heitor
__ mas hoje vou te levar e ponto final.  Vamos!
Amélia irritada sai com seu pai e segue para escola. Chegando na escola Heitor espera que Amélia entre na escola para que ele possa seguir caminho.  Amélia por sua vez entra e se esconde atras do portão e quando seu pai sai de carro, ela sai correndo e vai para a casa de Guilhermo.
Chegando no sobradinho a menina entra e percebe que Guilhermo ainda não chegou, então ela sobe para o quarto e se deita na cama dele para esperar ele chegar, mas com o tempo a menina adormece e uma hora e meia depois o empresário chega entra em casa mas não sobe para o quarto, fica na cozinha e prepara um café.  O empresario meio cansado em razão da viajem, toma seu café e sobe para o quarto para descansar.   Quando entra pela porta percebe Amélia deitada na sua cama, ele se aproxima dela sem fazer barulho e acorda a menina com um beijo na testa.  Amélia abre os olhos e ve que Guilhermo chegou.  Então a menina levanta correndo e pula nos braços dele dizendo:
-          Amélia
__ você chegou amor.  Estava com muita saudades.
Mas Guilhermo não está bem e desce Amélia deitando-se na cama sem falar nada
-          Amélia
__ o que houve Gui? Você está abatido.  Aconteceu alguma coisa?   Me conta.
-          Guilhermo (GUI)
__ nada de mais Amélia, só passei mau durante a viajem, mas já estou melhor.   Trouxe dois quadros lindos , gostei e o lance não foi muito alto e trouxe tambem seu presente, não sei se você vai gostar, mas achei que era a sua cara e comprei.
-          Amélia
__ onde esta? Me da então!
-          Guilhermo (GUI)
__ calma vou pegar, espera aqui.
Amélia fica deitada na cama enquanto Guilhermo vai até a sala e pega a caixa com o presente para a menina.   Com a caixa nas mãos, o empresário volta para o quarto.  Vendo o empresário com a caixa, Amélia senta na beira da cama para receber o presente.
-          Guilhermo (GUI)
__ aqui está Amélia, espero que você goste.   Coloquei na caixa para proteger durante a viajem.
A menina coloca a caixa no colo e começa a abrir, quando abre ve seu presente envolvido em um pano.   Ao retirar o pano, Amélia se surpreende e fica paralisada olhando para o presente sem piscar e com um olhar de surpresa.
-          Amélia
__ que linda Gui, é uma boneca de gesso.  Mas ela me parece faliliar, acho que vi uma parecida com ela.
Amélia para e pensa, lembrando do dia que Marta entregou a boneca para Lucia na fazenda.
-          Amélia
__ lembrei!  Você comprou ela em um leilão em São Paulo, isso?
-          Guilhermo (GUI)
__ sim foi isso mesmo, comprei no leilao que fui.
-          Amélia
__ essa boneca era do meu tio que faleceu e minha tia não quis ficar com ela e deu para um colecionador em São Paulo, o nome dela é CONCHITA e agora você trouxe ela para mim.  
Amélia abraça fortemente Guilhermo (GUI), levanta a boneca para cima de si e diz:
-          Amélia
__ até que enfim, agora você é minha e ninguem separa mais a gente, nunca mais.  Ao teminar de falar essas palavras um forte vento bate apenas no rosto de Amélia e uma risada suave é ouvida ao fundo  (a risada de Anita).  Amélia muda sua feição completamente e seu jeito de ser tambem.   Parece que uma outra alma dominou seu corpo naquele momento.
-          Amélia
__ Mas, espere!  Eu não posso levar ela para casa que minha mãe vai descobrir que estive aki e com certeza vai tomar a conhita de mim.
       -    Guilhermo (GUI)
__ póde deixa-la aqui se preferir.
-          Amélia
__ tá, mas hoje ela vai comigo.  Coloco ela dentro da mochila e ninguem vai ve-la.  Amanhã trago de volta e deixo aqui, mas é pra você cuidar dela.
-          Guilhermo (GUI)
__ vou cuidar como se fosse minha.   Acho bom você ir andando que está na hora de acabar a aula, tendo em vista que voce matou aula hj.
-          Amélia
__ verdade Guilhermo, então estou indo.
Amélia abraça novamente Guilhermo e agradece o presente, mas seu abraço está mais apertado e os olhos da menina brilham em dobro e parecem desejar alguma coisa.   A menina sai do sobradinho e vai a caminho da escola, onde ira esperar seu pai.  Dentro da mochila vai a conchita enrolada na sua camiseta de uniforme.  Passados mais ou menos uns 40 minutos, Heitor chega para pegar Ame´lia que estava sentada na beira da calçada e se levanta correndo para entrar no carro de seu pai.  Heitor se espanta com a alegria da menina e pergunta:
-          Heitor
__ o que houve Amélia?   Que alegria é essa? 
-          Amélia
__ nada pai, só estou feliz em te ver poeque ja estava cansada de ficar sentada aqui te esperando
-          Heitor
__ então vamos que estou com uma fome de leão e quero descansar.
Heitor segue para casa e durante o caminho pergunta sobre a escola de Amélia.   A menina por sua vez, enrola, enrola e não responde coisa com coisa, com isso Heitor fica desconfiado de alguma coisa.   Chegando em casa Amélia vai par o quarto e ao passar na sala diz para Nilza, que prepare algo para comer antes de almoçar.
Amélia entra e se tranca no quarto em seguida Julieta bate na porta do quarto de Amélia.
-          Julieta
__ Amélia abre aqui, é a mamãe.   Você esta bem filha?  Vai ficar i de novo meu bem?
-          Amélia
__ espera um pouco mãe, estou trocando de roupa.  Eu estou bem e ja vou descer que estou morrendo de fome.
Amélia troca de roupa e em seguida abre a porta para a mãe entrar.  Julieta entra e vai falando.
-          Julieta
__ nossa filha, parece que o colegio foi bom hoje, mudou até seu animo.  Parece que é outra pessoa.
-          Amélia
__ foi ótimo mãe, mas continuo sendo a mesma pessoa.
-          Julieta
__ aconteceu alguma coisa que você gostaria de falar comigo?
-          Ai mãe não aconteceu nada, só estou feliz, mais nada.
Amélia desce correndo e vai para a cozinha, mas esquece a mochila em cima da cama semiaberta.  Julieta se levanta e pega a mochila para gaurdar no canto do guarda roupas e quando puxa a mochila, cai um pacote de pano sobre a cama.   Ju olha para o pacote com olhar de o que é isso, poe a mochila no chão e pega o pacote de pano.   Ela percebe ainda que o pacote está muito duro para ser apenas pano e decide abrir e ver o que Amélia está carregando na mochila além do material escolar.   ao Desenrolar o pacote ve a estatueta que era do Nando e se assusta jogando ela sobre a cama e consequentemente sólta um grito de horror.   Ouvindo o grito de Julieta, Heitor, Marta, Nilza, Amélia e Luizinho vão correndo para ver o que aconteceu.  Heitor é o primeiro a chegar no quarto de Amélia e abraça Julieta em prantos.  Em seguida chega Marta perguntando o por que da confusão
 
 
 


16 DE MARÇO DE 2015

-          Marta
gente, o que está acontecendo, que bagunça é essa?

-          Julieta
A Amélia Marta, trouxe aquela aberração da estatueta do Nando de volta.

-          Marta
Mas a Luica levou para São Paulo, não tem como ser a mesma.

-          Heitor
E´só pegar, jogar fora e pronto.

-          Amélia
Ninguem vai jogar fora meu presente não!

-          Marta
Como assim presente Amélia.

-          Amélia
É, Presente, porque você nunca ganhou presentes?

-          Heitor
Amélia, isso não são modos de falar com sua tia.

-          Julieta
Quer dizer então que aquele safado daquele homem foi quem te deu essa coisa,  Amélia?

-          Amélia
Isso não é coisa mãe, é a Conchita e ele também não é safado, muito pelo contrario, ele é muito amável e gosto muito dele.

-          Marta
Gente deixa isso pra lá porque não vai dar em nada, ele comprou essa estatueta em São Paulo por que ninguem queria e dai deu pra Amélia e mais, ela gosta dele e outra coisa, essa tal de conchita não tem poderes nenhum.  Tudo isso é uma coincidencia.

Nesse momento Amélia olha para Marta com um olhar fixo e estático  e com um vento a soprar seus cabelos, com os olhos arregalados, ao fundo ouve-se o sorriso de Anita e então Amélia diz:

-          Amélia
Nada é coincidencia, tudo está escrito e ela é muito mais poderosa do que vocês imaginam.

Marta olha assustada para Julieta e para Heitor se palavras.

-          Julieta
Viram, ela está possuida por essa coisa, eu não quero essa estatueta aqui dentro de casa tire ela daqui agora.

-          Amélia
NAO! Ninguem encosta na minha conchita eu ja falei.  Se alguem se atrever em tira-la daqui eu saio com ela.

-          Heitor
Filha, também não é assim vamos  conversar e resolvemos tudo com calma.

-          Julieta
É assim sim Heitor ou ela tira esse mostro daqui ou eu pego a força e jogo lá no quintal.

Novamente o vento de conchita sopra os cabelos de Amélia e ao fundo o sorriso de Anita soa baixinho, Amélia fixa os olhos em sua mãe e diz:

-          Amélia
A conchita não é um monstro ela faz parte de mim agora, se ela é um mostro eu também sou e se ela sai eu tambem saio.

-          Julieta
Pois bem Amélia não vou mais discutir com você, se você não quer tirar essa tal conchita da minha casa não tem problemas você póde juntar suas roupas e sair com ela, quero ver se ela vai te sustentar lá fora.

-          Amélia
E é isso mesmo que eu vou fazer mãe, mas pode ficar tranquila que lugar pra eu e a conchita ficarmos eu encontro e fome eu não passo, afinal de contas eu sou mulher e sei como me virar.

Amélia vira as costas e sai com a conchita nos braços sem pegar nada e não percebe que sua mãe está descendo atraz e ao chegar na porta da sala encontra Rubão.

-          Amélia
Rubão, você me leva até a cidade?
-          Rubão
Levo sim Amélia.

Julieta aparece logo atras.

-          Julieta
Não vai levar não Rubão, ela não é mulher , então se vira sozinha.

Amélia vira as costas e segue a estrada rumo a cidade a pé mesmo e no meio do caminho ela ganha uma carona que a deixa na porta da casa de Guilhermo.  Amélia sai do carro, agradece a carona e vai até a frente do sobradinho e grita:

-          Amélia
Guilhermo!  Você está em casa?
Gui!   Responde!

E sem resposta alguma, Amélia entra no sobradinho que continua sem chave, procura por Guilhermo em todos os comodos, mas nada do empresário.
Então Amelia coloca a Conchita sobre a comoda no quarto e desce para a cozinha onde iria procurar algo para comer e esperar por Guilhermo.
Algum tempo depois o empresário chega de carro e quando sai do carro percebe que a porta de sua casa está mais aberta do que quando ele saiu e ao chegar na porta de sua casa.

-          Guilhermo
Tem alguem ai?  Quem está ai?
Nisso Amélia vem correndo de dentro da casa e pula nos braços de Guilhermo.   O empresário leva um enorme susto, pois nem viu de onde Amélia surgiu.

-          Amélia
Gui, que bom que chegou estava morta de saudades de você.

-          Guilhermo
Mas você esteve comigo hoje cedo , esqueceu?

-          Amélia
Ah, verdade, mas para mim parece que faz um ano que não te vejo.

-          Guilhermo
Ta bom, mas você ainda não me disse o que veio fazer aqui a essa hora.

-          Amélia
Minha mãe me colocou pra fora de casa por causa da conchita.

-          Guilhermo
O que?

-          Amélia
Sim, mas não me mande embora por favor.

-          Guilhermo
Mas você não pode ficar aqui.

-          Amélia
Vai me colocar na rua também?  Me deixar passar fome, frio, sem banho, correndo o risco de ser assaltada, tudo bem que não tenho nada para dar para o ladrão, mas posso ser estuprada por alguem sedento por sexo, ou o que é pior, posso ser morta...

-          Guilhermo
Tá, tá, tá, ja entendi o recado pode ficar aqui até resolvermos sua situação, mas não precisa exagerar tambem,.

-          Amélia
Ué eu tinha que ser bem convincente se não você não me deixaria ficar.

Amélia volta correndo para dentro e rindo.  Os dois seguem para a cozinha onde tomam café e depois sobem para o quarto.
Amélia conta para Guilhermo tudo que aconteceu em sua casa entre ela e Julieta (sua mãe), o empresário fica cabisbaixo com a história e diz para Amélia que ela pode ficar ali com ele o tempo que ela quiser, desde que ninguem vá encher o saco dele.   A conversa entre Amélia e Guilhermo estava tão boa e proveitósa que eles nem perceberam que ja era noite, quando de repente escutam um carro parar em frente ao sobradinho.
Guilhermo sai na sacada e percebe que era Heitor o pai da Amélia.

-          Heitor
Ola boa noite, o senhor que é dono daquela galeria la no centro da cidade?

-          Amélia
Pai?  Guilhermo dis que eu não estou, não quero falar com ele.

-          Guilhermo
Sim sou eu mesmo, em que posso ajuda-lo?

-          Heitor
Minha filha Amélia saiu de casa e como ela falava muito de você, acredito que esteja ai.   Pode me falar a verdade, não estou aqui para arrumar confusão, apenas vim trazer umas roupas dela, que ficaram para tras.

-          Guilhermo
Só um minuto por favor, vou descer ai para conversarmos.

Amélia pede a Guilhermo que não deixe seu pai leva-la de volta, Guilhermo pede que Amélia tenha calma e deixe que ele resolverá tudo, da melhor forma possivel.
Guilhermo desce até a porta e Heitor se aproxima com a mala de roupas.

-          Heitor
Então senhor Guilhermo, minha filha está ai, não está?

-          Guilhermo
Sim está, mas ela disse que a mãe a colocou fora de casa e que não vai voltar mais, então eu peço que o senhor de um tempo para ela pensar. Pode ficar tranquilo que ela estará segura aqui comigo, melhor do que deixa-la na rua.

-          Heitor
Não, não,  Tudo bem, foi uma escolha dela e eu respeito a vontade de minha filha, mesmo sendo contra minha vontade, mas poderia falar com ela só um minuto?

-          Guilhermo
Claro que sim, o senhor pode entrar, ela esta la em cima.

Heitor entra e sente calafrios quando sobe as escadas e chega ao quarto, Amélia que estava deitada na cama se levanta.

-          Amélia
Pai? Não adianta que eu não vou voltar com você.

-          Heitor
Tudo bem filha, sua mãe se arrependeu do que ela disse quanto a você sair de casa e me pediu que viesse te pedir pra voltar, mas pediu que você deixasse a estatueta aqui com Guilhermo

Heitor conversa com Amélia mas nitidamente percebe-se que ele está apreencivo e desconfortavel ali dentro.  Guilhermo chega no quarto e percebea apreenção de Heitor.

-          Guilhermo
Senhor Heitor estou percebendo que o senhor esta meio apreencivo, é por causa de sua filha? Se for não se preocupe, com o tempo ela volta pra casa.

Novamente o vento de conchita sora os cabelos de Amélia, a risada de Anita vem ao longe, o olhar de Amélia muda totalmente, mas dessa vez Heitor ouve o riso de Anita e fica ainda mais assustado quando Amélia fala olhando fixamente para Guilhermo..

-          Amelia
Mas eu estou em casa meu bem, agora sim estou em casa.

Heitor começa a ficar palido e Guilhermo pergunta:

-          Guilhermo
Senhor Heitor o senhor está se sentindo bem?

-          Heitor
Sim, estou sim.   Eu preciso sair dessa casa, ela me tras muitas lembranças ruins.  Meu cunhado morreu aqui e eu sinto que algo muito ruim está prestes a acontecer novamente.  Amélia suas roupas estão aqui que Deus te abençoe nessa sua nova vida.   Guilhermo cuida bem dela.   Agora preciso sair daqui o mais rapido  possivel.

Heitor sai desesperadamente do sobradinho, entra em seu carro e segue de volta para a fazenda onde conta todo o acontecido para Julieta e Marta.  Enquanto isso no sobradinho Amélia e Guilhermo se preparam para dormir.

-          Guilhermo
Bom Amélia, agora que tudo se resolveu vamos dormir, né.

Guilhermo pega um cobertor e um travesseiro e vai saindo do quarto.

-          Amélia
Ei Gui, aonde você vai com esse cobertor e esse travesseiro?
-          Guilhermo
Vou dormir no sofá na sala.

-          Amélia
Porque?  Está com medo de dormir comigo aqui no quarto?

-          Guilhermo
Mesmo que eu quisesse não teria como, pois tem apenas uma cama.

-          Amélia
Claro!  E é uma cama de casal, cabe nós dois nela tranquilo.

-          Guilhermo
Não , não, isso não daria certo.

-          Amélia
Verdade, posso te agarrar de madrugada, deitar sobre você e te deixar tão inocente como um corderinho.

-          Guilhermo
Amélia, não brinca com essas coisas, isso é serio.

-          Amélia
Ta bom, para de palhaçada agora e vem deitar logo, não vou te morder.

-          Guilhermo
Otimo, vou dormir bem na beiradinha para não te atrapalhar, tá.

Os dois se deitam par dormir e Guilhermo pega no sono bem rapido, Amélia ve que gui dormiu e se levanta e fica observando Guilhermo dormir.
Amélia que estava de pijamas e sem nada por baixo deita-se bem encostada com Guilhermo de forma que ele sinta todo o corpo dela encostado nele, abraçando-o e trançando suas pernas as de Guilhermo.  Amélia pega no sono e Guilhermo da uma leve acordada e percebe aquela menina com um pijama todo enrolado deixando o velho empresário doido e com pensamentos que vão muito além do que se pode imaginar.
A vida de Amélia e Guilhermo segue tranquilamente, meses se passaram e aquela noite se repetiu por varias e varias vezes.
Amélia se sentia tão intima de Guilhermo que ja com 13 anos se trocava em frente ao empresário sem se preocupar com nada.  Sua mãe Julieta e seu pai Heitor vendo que a garota não iria mais voltar pra casa deles mesmo, concordaram que ela morasse com Guilhermo e ele por sua vez prometeu cuidar da menina.  Cuidou tão bem que a menina se apaixonou por ele e em um belo dia quando Guilhermo estava sentado em uma poltrona lendo jornal, Amélia chegou de repente e sentou-se sobre o colo do empresário e deu-lhe um beijo, sem chances de reação do Guilhermo, que ficou paralisado sem saber o que fazer, mas Amélia sabia muito bem o que fazer e estava disposta a tudo para realizar seus desejos.  Guilhermo se entregou aos desejos e caricias de Amélia que era tão provocante, sensual que nem a experiencia de vida que o empresário tinha, foi capaz de controlar seus instintos masculinos diante daquela menina que enlouquecia ele.
Os anos foram se passando e Amélia ja vai completar 15 anos, Guilhermo não esta muito bem de saúde e leva Amélia no cartorio para registrar todos os bens dele em nome de Amélia,em caso de morte dele tudo seria dela.  Amélia não quer nem pensar nessa hipótese, mas aceita por ser um presente de quinze anos.  Guilhermo leva Amélia para conhecer sua terra natal na França e quando eles voltam para casa, guilhermo sofre um enfarto e é levado as pressas para o hospital.


  • 18 de março de 2015
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  • Depois de ficar sob observação médica, Guilhermo é liberado e volta para casa, Amélia está sempre ao lado do empresário e ajudando ele em tudo.  Dez meses se passaram e Guilhermo vivia sendo visita constante no hospital, pois sempre tinha crizes fortes e precisava ficar sob observação medica.
  • Amélia ja esta prestes a completar 16 anos, Guilhermo se sentindo meio fraco pede à Amélia que vá até a galeria ver como estão as coisa por lá e que depois de tomar uma banho e café ele iria para lá assim que melhorasse.
  • Amélia foia para a galeria e depois de duas horas a menina se mostrava preocupada com o empresário que ainda não havia chegado, então decidiu voltar ao sobradinho para ver se ele estava bem.
  • Chegando ao sobrdinho, Amélia encontra Guilhermo caido na cozinha e desesperadamente ela chama uma ambulancia para socorre-lo.  Em seguida com a saida de Guilhermo para o hospital, Amélia liga para sua mãe Julieta e pede que vá para o sobradinho ajuda-lá, pois está desesperada e precisa de ajuda.
  • Heitor pega Julieta e segue para o sobradinho (casa de Amélia) onde deixa Julieta para fazer companhia à Amélia e ele vai direto ao hospital onde o empresário está, para acompanhar e saber d situação dele.
  • Chegando ao hospital, heitor se apresenta ao médico.
  • -          Heitor
  • Ola doutor, sou parente do Guilhermo, um empresário que acabou de dar entrada aqui.
  • -          Doutor
  • Você é o unico parente dele por aqui, porque não conseguimos identificar nenhum parente dele.
  • -          Heitor
  • Pelo amor de Deus doutor como ele está?
  • -          Doutor
  • Veja bem, ele teve um infarto fuminante na casa dele e por falta de socorro imediato ele chegou aqui no hospital ja em fase terminal, tentamos fazer o maximo, mas infelizmente ele veio a falecer.
  • Heitor fica cabisbaixo e preocupado com a reação de Amélia, enquanto isso no sobradinho o vento de conchita sopra os cabelos de Amélia e leva a noticia para a menina, que após o vento bater em seus cabelos ela fica paralisada e em segundos entra em desespero gritando por Guilhermo e chorando muito. 
  • Sua mãe Julieta tenta consola-la, mas a menina está inconsolavel e Julieta a abraça e deixa que descarregue suas emoções. Após uma sessão de choros Julieta da um calmante para Amélia que acaba dormindo.
  • Após ter resolvido tudo em relação ao velório e sepultamento do empresário, heitor volta ao sobradinho e vai falar com Julieta.
  • -          Heitor
  • Ju, onde está Amelia?
  • -          Julieta
  • Está dormindo Heitor.
  • -          Heitor
  • Ju, ele faleceu!
  • -          Julieta
  • Eu já sei Heitor e não se preocupe porque a Amélia tambem já sabe.
  • -          Heitor
  • Impossivel! Eu não falei pra ninguém.
  • -          Julieta
  • A estatueta heitor.
  • -          Heitor
  • Meu Deus!  Mas como pode ju?
  • -          Julieta
  • Isso não importa agora heitor, precisamos pensar na nossa filha agora.  Como será o futuro dela daqui em diante.
  • -          Heitor
  • A unica saida seria que ela voltasse com a gente para a fazenda.
  • -          Julieta
  • Por mim tudo bem, mas vamos la dentro ver como ela esta, se ja acordou ou não.
  • Chegando no quarto de Amélia, Julieta e Heitor se deparam com a menina sentada na beira da cama com a conchita nas mãos.  Julieta ao ver a conchita com Amelia fica de longe.
  • Heitor se aproxima e olha para Amélia.
  • -          Amélia
  • Pai, porque ele me deixou assim?  Nem deu tempo de me despedir dele. Será que foi a conchita que levou ele tambem, como levou meu tio?  Ele não podia fazer isto comigo pai. Ele sabia que iria morrer, por isso que me mandou para a galeria, para que não visse o sofrimento dele.
  • -          Heitor
  • Calma filha, vamos pensar daqui pra frente. Tenho certeza que ele não gostaria de te ver triste assim.
  • -          Julieta
  • Filha, volta com a gente para fazenda, não tem como você ficar aqui sozinha nesse lugar.
  • -          Amélia
  • Sim mãe, eu aceito e pode ficar tranquila que não vou levar a estatueta comigo, vou deixa-la aqui, de onde nunca deveria ter saido, afinal a casa dela é essa.
  • Após entrarem em acordo quanto ao retorno de Amélia para a fazenda, heitor vai preparar o local do velório de Guilhermo.  Amélia pede ao pai que ela não quer acompanhar o velório nem o enterro de Guilhermo e queria voltar logo para fazenda, mas havia um problema.  Heitor precisaria do carro para so preparativos do sepultamento e elas iriam ter que espera-lo para voltarem à fazenda.  Amélia se lembra que Guilhermo havia falado sobre um jipe que estava guardado e que agoa era seu, podemos ir nele e isso evitaria que aguem pudesse rouba-lo aqui.    Julieta concorda e vai com Amelia pegar o jipe e seguem para a fazenda.
  • O velório e enterro de Guilhermo foi realizado.  A casa de Amélia (sobradinho) ainda estava sem chave.  Heitor volta para fazenda e toda semana eles levam Amélia para verificar como esta o sobradinho.  Os anos se passaram, Amélia completa seus estudos e ja esta próximo de completar 18 anos, ela não quer festa e decide ir passar seu aniversário na casa de sua tia Lucia em São Paulo.  Lá Amélia passeia com Roberto pela cidade, que aproveita para exibir sua sobrinha linda, afinal ele não é nem um pouco exibido né, ela vai conhecer a casa de Luiza e Anselmo.   Após 20 dias em São Paulo Amélia tem que voltar para a fazenda novamente, pois sente falta do sobradinho dela.  Já está chegando o fim de ano e as festividades acontecerão como todos os anos na fazenda de Marta e agora de Julieta tambem.  Lucia e Roberto se comprometem de comparecer, Luiza e Anselmo tambem.
  • De volta para a fazenda Amélia diz aos seus pais que pretende ir morar no sobrdinho em definitivo, pois se sente incomodada ali na fazenda e ela sente que a conchita precisa dela.
  • Com a ida à São Paulo Amélia aproveitou e tirou sua carteira de motorista e assim ela pega suas coisas que estavam na fazenda e vai em definitivo para o sobradinho dela.
  • No meio do caminho o jipe tem uma parada de mortor instantanea, Amélia sai e se irrita com a situação.   Senta-se no banco do seu jipe e espera algum socorro.  Nisso um jovem rapaz que estava passando para e oferece ajuda, para e oferece ajuda à Amélia.
  • -          Pedrinho
  • Oi, meu nome é Pedro você está com problemas?  Sou ajudante de mecânico posso te ajudar em algo. Se você quiser claro.
  • -          Amélia
  • Oi, Aceito sim, obrigada!   Essa porcaria parou de funcionar.
  • -          Pedrinho
  • Mas esse jipe está novo, como pode ter dado problema, vou ver pra você.
  • -          Amélia
  • Obrigado, você é mesmo um amor.
  • -          Pedrinho
  • Olha só, está tudo certo, não tem nada de errado.  Ja tentou liga-lo novamente?
  • -          Amélia
  • Sim, tentei varias vezes mas não funciona, vou a pé mesmo.
  • -          Pedrinho
  • Calma moça vou ver oque faço.  Me da mais um minuto.
  • Então, pedrinho resolve tentar ligar o jipe e na primeira virada da chave o jipe liga normalmente.  Amélia se surpreende.
  • -          Pedrinho
  • Pronto moça, resolvido!
  • -          Amélia
  • Obrigado Pedrinho, se é que posso te chamar assim.
  • -          Pedrinho
  • Claro! Mas você estava indo para onde mesmo?
  • -          Amélia
  • Estou indo para minha casa.  Só de pensar no que me espera por la, me desanima.  Muita bagunça e coisas para jogar for,. mudança, você sabe como é essas coisas, né
  • -          Pedrinho
  • Olha, estou indo para a cidade, se você quiser posso te ajudar a arrumar sua casa, estou a toa mesmo.
  • -          Amélia
  • Quero sim, toda ajuda será bem vinda!
  • Sobe ai.
  • Pedrinho sobe no jipe e vai com Amélia para o sobradinho.
  • Chegando no sobradinho, Pedrinho pega as malas que estão no jipe e  Amélia vai direto para o quarto e senta na beira da cama, pega a conchita e quando ela pega a estatueta uma forte rajada de vento adentra o quarto bagunçando tudo, Amélia fica paralisada enquanto tudo é retirdo do lugar, estando ela em um tipo de transe, como se ela estivesse sendo possuida por uma outra alma (esse seria o momento de transmigração de alma de Anita para Amélia), nisso Pedrinho chega no quarto e vendo toda aquela cena fica assustado, porém não sai do lugar.
  • Quando a ventania termina, Amélia estando possuida pela alma de Anita que saiu de conchita, levanta-se e segue em direção ao espelho, onde encosta suas mãos nele e  diz:
  • -          Amélia
  • Essas paredes, as tabuas do chão, portas, janelas, tudo isso é testemunha do que aconteceu entre os dois amantes.
  •  E esse espelho, olha esse espelho (diz Amélia caminhando até o espelho)  ele refletiu toda cena de ciumes, também a morte dos dois, ja imaginou que facinante conhecer o passado de um espelho?   Entrar por dentro dele, como Alice? 
  • Amélia vira e olha para Pedrinho nisso o vento de conchita sopra seus cabelos. Tremendo igual vara verde Pedrinho pergunta:
  • -          Pedrinho
  • Vo....você não me disse seu nome.
  •  Amélia com um olhar totalmente diferente e sem tirar os olhos de Pedrinho responde:
  • -          Amélia
  • Meu nome é Anita, eu morri nessa casa a muitos anos atras e voltei nesse corpo, depois de morar anos e anos dentro de uma estatueta agora estou livre e enquanto ela existir eu viverei nela e sairei quando quiser.  Mas voc^pode me chamar como quiser, Anita, Cinthia, Amélia, você escolhe.
  • -          Pedrinho
  • Co...como assim morreu aqui?
  • -          Amélia
  • Morri aqui nessa cama, nos braços do meu amor e depois eu voltei para busca-lo em uma noite muito quente, nos amamos e depois ele se foi comigo.
  • O vento de conchita sopra novamente e Amélia volta a si.
  • -          Amélia
  • O que você está olhando, parado ai feito estátua?  Vamos ajilizar, olha  só que bagunça.
  • Pedrinho meio que assustado adentra ao quarto e começa a ajudar Amélia.  Coisa sao jogadas pela sacada e tiradas do quarto, os dois sobem e descem correndo do quarto como duas crianças brincando. Apos o quarto estar ajeitado eles descem para a sala onde ficava a maior parte das coisas de Guilhermo.   Amélia vai indicando para Pedrinho o que ele pode tirar e levar para o jipe, que ela irá levar para a galeria.
  • Sem saber como tocar uma galeria e o fato de la ter sido o local onde ela conheceu Guilhermo, Amélia não quer ficar com ela e decide vender a galeria, masantes iria tirar tudo que era do Guilhermo do sobradinho e levar para a galeria antes de vende-la.
  • O dia ja está chegando ao fim e Amélia e Pedrinho estão exaustos de tanto serviço.
  • -          Pedrinho
  • Ufa, parece que estamos acabando.
  • -          Amélia
  • Sim a maior parte ja se foi, agora o resto eu arrumo depois.
  • -          Pedrinho
  • Bom, então acho que eu ja posso ir, né?
  • -          Amélia
  • Não! Você não sai daqui antes de comer algo, imagina só você me ajuda e eu não te dou nada.  Vamos la na cozinha que eu vou preparar um café para nós, você vai ver que ninguém faz um café tão gostoso como eu, você vai se apaixonar.
  • Os dois jovens vão para cozinha e seguem conversando
  • -          Pedrinho
  • Você sabe fazer café né?
  • -          Amélia
  • Nossa, me senti ofendida agora.  Claro que sei cozinhar.
  • -          Pedrinho
  • E quem te ensinou?  Sua mãe?
  • -          Amélia
  • Não, o Guilhermo.  Ele era um excelente cozinheiro, ninguem cozinhava melhor que ele e ele me ensinou.
  • -          Pedrinho
  • Nossa esse Guilhermo era mesmo muito importante para você.
  • -          Amélia
  • Ele era tudo pra mim, nunca vai existir outro homem como ele.
  • -          Pedrinho
  • Você morava sozinha com ele?  Seus pais deixaram.
  • -          Amélia
  • Eu sai de cada com 12 anos e vim para esse sobradinho onde ele morava e fiquei aqui esperando por ele que estava na galeria, nem perguntei se podia ficar, só fui ficando.  Meu pai até veio me buscar, mas eu não quis ir com ele.
  • -          Pedrinho
  • Mas onde você dormia se aqui só tem uma cama?
  • -          Amélia
  • Nessa cama, onde mais.
  • -          Pedrinho
  • e ele dormia no sofá?
  • -          Amélia
  • Claro que não, ele dormia aqui comigo .
  • -          Pedrinho 
  • Mas você não disse que tinha 12 anos
  • -          Amélia
  • Sim, isso nunca foi problema para nós.   Ele era um homem incrivel na cama, insuperave, mas isso eu não quero ficar falando.
  • -          Pedrinho
  • Bem, vou indo agora, ja está tarde e moro longe, quem sabe outro dia a gente se fala.
  • -          Amélia
  • Eu te levo de carro, afinal foi eu quem te trouxe e sou eu que vou te levar, só preciso tomar uma chuveirada rapida e ja saimos, não vá sem mim.
  • Amélia entra no banho e Pedrinho senta na sala para assistir tv.   Quando a jovem sai do chuveiro percebe que sua roupa ficou dentro da mala que estava no jipe e o Pedrinho deixou na sala.  Amélia se enrola na toalha e desce para pegar a mala, chegando na sala Pedrinho se espanta em ve-la apenas de toalha.  Amélia pergunta para Pedrinho sobre a mala e ele mostra que esta perto da porta da sala, Pedrinho levanta correndo e vai pegar a mala para Amélia e quando ele entrega para ela ela propositalmente deixa a toalha cair.  Pedrinho vendo Amélia nua em sua frente nem isca e fica parado olhando, Amélia então ainda sem toalha se aproxima dele.
  • -          Amélia
  • O que foi Pedrinho, nunca viu uma mulher sem roupa na sua frente?
  • -          Pedrinho
  • Vi sim, mas nenhum tão lindo e perfeito como o seu.
  • Ouvindo isso, Amélia se aproxima de Pedrinho, pega as mãos do dele e as coloca sobre seus seios  e enquanto olha fixamente em seu olhos, desce as mãos do rapaz pelo seu corpo nu até a altura da cintura.
  • -          Amélia
  • Senti Pedrinho!  Vê como estou quente? Gosta de sentir meu corpo?
  • Amélia vai torturando Pedrinho, sebe edesce as mãos do rapaz em seu corpo e vai se aproximando do rapaz até encostar seus lábios aos dele e então:
  • -          Amélia
  • Agora chega, tira essa mão boba dai, ja aproveitou demais.  Vou colocar uma roupa para poder te levar embora.



08 de Abril de 2015



Amélia se enrrola na toalha e vai para seu quarto para se vestir,enquanto Pedrinho fica na sala des aquela cena. O rapaz segue para a cozinha onde toma um copo de agua gelada para se refrescar.  Amélia depois de pronta desce do quarto e sai do sobradinho com Pedrinho.  Os dois seguem sozinhos de jipe até a casa de Pedrinho onde Amélia descobre que é bem proximo a fazenda de sua tia Marta.  Aproveitando a ocasião, Amélia decide ficar na fazenda e passar a noite, ja que escureceu e póde ser perigoso voltar sozinha para a cidade.
Ao chegar na fazenda é recebida pela empregada de Marta que leva a garota para o quarto onde irá passar a noite, em seguida ela vai até a cozinha para jantar e encontra com seus pais.

-          Julieta
Amélia minha filha, oque houve? Aconteceu alguma coisa ?

-          Amélia
Não mãe esta tudo bem.  Acontece que conheci um rapaz no caminho para a cidade e ele foi me ajudar a organizar as coisas em casa, jogamos varias coisas do Gui fora que não prestava mais, o Pedrinho ficou lá até escurecer e resolvi dar uma carona pra ele ja que morava longe da cidade e acabei descobrido que ele mora aqui por perto, dai para não voltar sozinha tambem, eu resolvi passar a noite aqui na fazenda.  Claro se não tiver problema.

-          Marta
Por mim tudo bem Amélia, você é sempre bem vinda aqui.

-          Heitor
Quem é esse rapaz filha? Cuidado fica levando estranhos na sua casa, é perigoso.

-          Amélia
Pai, o Pedrinho não traz perigo à ninguem, fica tranquilo.

-          Julieta
Mas é bom tomar cuidado Amélia, afinal você mora sozinha naquele sobrado e convenhamos que la ja aconteceu tragédias demais, a propósito providencie uma chave para aquela porta.

-          Amélia
Mas mãe, o Gui me disse que la nunca teve chave. Se nunca teve chave e ninguem entrou la, não é agora que vao entrar.

-          Marta
É mas por precaução vou te dar uma arma que papai tinha guardado e você leva, mas não pense duas vezes se precisar usa-la

-          Julieta
Marta !!  como você vai dar uma arma na mão de uma criança?

-          Marta
Ju primeiro que ela não é mais criança né e depois ela mora sozinha e precisa de alguma coisa para se defender, ou pelo menos assustar algum engraçadinho que póssa aparecer por lá.  Fica tranquila!

-          Amélia
Bom gente vou dormir que amanha saio cedo para terminar de ageitar minha casa.

-          Marta
Amélia , você vai vir assar o fim de ano com a gente?

-          Amélia
Não sei tia, ainda vou pensar.  Estava querendo ir para São Paulo na casa da tia Lucia.

-          Julieta
Mas sua tia tambem vem para cá com a familia toda.

-          Amélia
Verdade, acho que até a Luiza vem com o Anselmo, mas só acho, não tenho certeza.

-          Amélia
Se for assim então eu venho para ca tambem , afinal vou pra onde se todos estarão aqui.

-          Marta
Então precisamos começar a preparar tudo antes par não deixar pra ultima hora.

-          Amélia
Então tá!  Tudo reolvido, tudo muito bom, mas vou dormir.  Boa noite para todos.

Amélia se retira e vai para o quarto, em seguida todos seguem o mesmo caminho de Amélia “a cama”. 
O dia amanhece Amélia volta para sua casa, os preparativos para o fim de ano começam bem adiantado para náo dar nada errado.
Amélia vende a galeria e quando chega ao banco para depositar o dinheiro, ela descobre que Guilhermo havia criado uma conta em nome dela onde ele depositava todo o dinheiro que ele ganhava com vendas de seus objetos.
Após descobrir que tem muita grana guardada, ela decide trocar todos os móveis de sua casa, comprar roupas novas e abastecer a geladeira e o armário.   Depois de tudo feito, Amélia decide fazer uma viajem para a França onde fica por dois meses, conhece a galeria de onde Guilhermo trouxe todos os seus objetos mais valiosos, passeia por cidades históricas, locais famosos e muito mais...
Enquanto isso na pacata cidade de Florença , mais precisamente na fazenda de Marta, eles preparam para o natal que ja está proximo.  O corre corre é grande pois todos se reunirão novamente na fazenda durante as fests de fim de ano.  Já estamos em dezembro a 15 dias do natal, Amélia ainda esta na França, Luiza e Anselmo estão para chegar na fazenda
Trazendo com eles Luizinho.
Julieta e Heitor vao todos os dias até o sobradinho de Amélia para ver se esta tudo bem, quando não vão é o Rubão que vai.
No local onde funcionava o mercadinho do Antonio e que o zezinho trabalhava, com a morte de Antonio sua esposa Suzana foi embora e vendeu o ponto onde hoje funciona um barzinho que é comandado por um senhor viuvo chamado Marcio, um homem sistematico mas muito atencioso.
Faltam 8 dias para o natal e enfim o pessoal começa a chegar.
Luiza e anselmo como ja era esperado, são os primeiros a chegar e trazem com eles luizinho.  Apesar de Luiza não fazer parte da familia, Lucia pediu para Marta se poderia convida-la e Marta concorda, afinal de contas Luiza esta uma moça e com a cabecinha mais ajuizada.
O jovem casal chega de carro e ja são esperados por Julieta e Marta.

-          Marta
__ nossa! Que surpresa agradavel é essa, confesso que jamais imaginava ver você aqui outra vez

-          Luiza
__ pois é, aqui é um lugar maravilhoso e que se encontram pessoas maravilhosas, por isso voltei.

-          Marta
__ olha só que beleza Ju, bem que a Lucia disse que a Luiza havia mudado muito, só não achava que seria uma mudança tao boa.



                Julieta abraça Luiza

-          Julieta
__ que saudades Luiza, nossa você mudou muito mas continua linda como sempre.  Você fez milagres mesmo Anselmo.

-          Luiza
__ obrigado Ju ou tia Ju, se é que posso te chamar assim.

-          Julieta
__ claro que póde, serei sempre sua tia ou pelo menos até eu viver. Agora vamos entrar que tenho muita coisa pra te contar e acredito que você também né?

-          Marta
__ e você meu rapaz, como vão as coisas?   Como conseguiu domar essa fera chamada Luiza?

-          Anselmo
__ as coisa vão bem dona Marta.  Domar essa féra foi facil, com muito carinho eu consegui, as vezes tem uma recaida, mas nada que com um pouco de carinho não resolva.

-          Marta
__ fico feliz quanto a isso mas para de me chamar de dona, eu prefiro que me chame de tia, afinal você se casou com a entiada da minha irmã e que hoje concideramos como sobrinha.  Mas vamos entrar, sua mulher te deixou aqui fora.

-          Anselmo
__ não vai dar dona Mar... tia, vou visitar meus pais depois volto, vi apenas trazer a Luiza.

-          Marta
__ que legal traz eles para cá também, vamos reunir toda familia de vez, póde ficar tranquilo que quarto aqui tem de sobra e quanto mais gente tiver melhor, assim o ambiente fica mais animado.
-          Anselmo
__ tudo bem tia falo com eles sim e acredito que vão adorar vir para cá. Vou indo pois quero descansar um pouco, a viajem foi cansativa.

-          Marta
__ vá com cuidado e diga que espero eles aqui e não aceito um não como resposta.


               



23 de Abril de 2015





Anselmo sai a caminho da casa de seus pais e Marta entra para casa onde se reune com os outros.  O jovem rapaz passa a noite na casa de seus pais e Luiza fica na fazenda com suas tias.
No dia seguinte na fazenda todos estão tomando café, menos Luiza que se atrasa para descer do quarto e quando desce.
-          Luiza 
Bom dia pessoal!
-          Marta
Bom dia Luiza, esperamos por você para o café, mas estava demorando e acabamos desistindo de esperar, mas póde se servir que ja estamos satisfeitos.
-          Julieta
Isso mesmo Luiza, senta ai eu te faço companhia.
-          Luiza
Obrigada gente, mas assim vocês me deixam sem graça.
-          Heitor
E o Anselmo Luiza, vem para cá hoje?
-          Luiza
Bom Heitor, ele ficou de vir hoje a tarde e trazer os pais dele, mas estou pensando em ir até a cidade dar uma voltinha.
Nesse momento o telefone toca e Marta atende.
-          Marta
Alô! Gostaria de falar com quem?
-          Lucia
Sou eu Marta, a Lucia!
-          Marta
Oi Lucia, achei que vocês fossem vir hoje, o que aconteceu?
-          Lucia
O Roberto cismou de levar um amigo dele que é fotografo e quer saber se tem algum problema leva-lo.
-          Marta
Poxa é claro que sim todos são bem vidos aqui. Quanto mais gente melhor.
-          Marta
Então esta bem, vamos amanha bem cedo. Chegaremos para o café.
  Marta volta para a cozinha.
-          Julieta
Quem era Marta?
-          Marta
A Lucia avisando que eles vêm amanhã cedo e vão trazer um amigo junto. Lucia disse que ele é fotografo, pelo menos alguém vai tirar fotos
-          Luiza
Bom gente, o café estava otimo!  Vou ligar para o Anselmo vir me buscar e levar na cidade.
-          Julieta
Cuidado pra não se perder la hein.
-          Luiza
Pior, com o tamanho da cidade talvez me perca mesmo.
Luiza liga para Anselmo e fica no jardim esperando por ele.
Minutos depois, Anselmo chega e encontra Luiza ansiosa.
-          Luiza
Nossa, achei que não viria mais.
-          Anselmo
Vim o mais rapido que pude, onde você quer ir?
-          Luiza
La na cidade, quero relembrar umas coisas.
-          Anselmo
Luiza você vai se aborrecer a toa indo laá.
-          Luiza
Eu que sei me leva ou vou ter que pedir para Marta me levar?
-          Anselmo
Tudo bem, se é isso que você quer então vamos.
Luiza entra no carro e Anselmo segue para a cidade.
Chegando na cidade eles andam devagarinho para observar, eis que então Luiza pede que pare o carro.
-          Luiza
Para, para, para, preciso desce aqui.
-          Anselmo
O que foi Luiza?
-          Luiza
Vim nessa praça varias vezes, quero comer pipoca.
Luiza sai correndo em direção ao ipoqueiro e Anselmo vai junto.
-          Luiza
Môço quero duas pipocas.
-          Anselmo
Nossa, essa praça tem mesmo um ar sinistro
-          pipoqueiro
O senhor é daqui môço?
-          Anselmo
Fui criado aqui sim mas fui embora ja faz anos, agora é a primeira vez que volto aqui depois que fui embora.
-          Luiza
De lá pra ca muita coisa mudou Anselmo!
-          Pipoqueiro
Tem uma lenda que diz que uma cigana aparece aqui na praça toda vez que alguma coisa ruim vai acontecer. Desde q ultima tragédia aqui na cidade que ela não aparece.  Dizem que ela é um espirito amaldiçoada que foi preso em uma estatueta de gesso depois da ultima tragédia.
-          Luiza
Na ultima tragédia que aconteceu aqui o meu pai foi uma das vitimas.
-          Pipoqueiro
Desculpa môça não queria fazer a senhora recordar coisas tristes.
-          Luiza
Tem problema não môço, muito obrigado pela pipoca,Tchau!
Luiza senta-se no banco onde Lucia costumava se consultar com a cigana e ali vai recordando os momentos que passou ali naquela praça.
Depois de alguns minutos Luiza pede para Anselmo leva-la para ver novamente o sobradinho de sua falecida amiga Anita e que também foi o local onde seu pai morreu.
Anselmo se espanta com o pedido de Luiza, mas faz o gosto da môça sem questionar,
Eles entram no carro e vão direto para o sobradinho.  Quando chegam na esquina, Luiza pede que pare o carro.
-          Luiza
Para, para, para aqui Anselmo, quero ir a pé até lá.
Os dois saem do carro e seguem a pé até a frente do sobrado, onde Luiza para e fica observando.
Amélia que havia acabado de chegar da França sai na sacada.
-          Amélia
Ei, o que você está olhando?  Não está a venda não.
-          Luiza
Nossa garota mau educada, eu apenas estou olhando.
-          Amélia
Ta, mas ja olhou demais agora póde ir.
-          Luiza
Você é muito mau educada garota, precisa de um corretivo.
-          Amélia
É mesmo?  E quem vai me dar esse corretivo?  Você?
-          Luiza
Se for preciso dou sim!
-          Amélia
Oque? Mas você é muito abusada.
Anselmo percebendo que Amélia vai desce tenta tirar Luiza dali.
-          Anselmo
Vamos emvora Luiza, essa menina vai te criar problemas.
-          Luiza
Não vou, quero ver até onde ela vai chegar.  Ta pensando que é gente?
Amélia chega frente a frente com Luiza e enquanto Anselmo observa:
-          Amélia
Pelo seu estilo você deve ser essas turistas que gostam de cuidar da vida dos outros.
-          Luiza
Querida, se eu soubesse que tinha gente morando no sobrado jamais teria vindo, se é que posso te chamar de gente, ou será você uma das assombrações que vivem nesse sobrado?
-          Amélia
Aff, você sabe com quem esta se metendo? Eu sou neta do ex prefeito daqui e o homem mais importante da cidade.
-          Luiza
Garota, pra mim você póde ser neta até do ... espera ai, você disse que é neta do ex prefeito?
-          Amélia
Isso mesmo!  Meu avô se chamava Venãncio e era muito importante aqui.
-          Luiza
Amélia?
-          Amélia
Como sabe meu nome, sua infeliz.
-          Luiza
Meu pai morreu nesse sobradinho.
-          Amélia
Não póde ser, você é a Luiza?
-          Luiza
Isso mesmo!
Amélia e Luiza se abraçam.  Vendo que as coisas parecem estar resolvidas entre Luiza e Amélia, Anselmo decide voltar para casa de seus pais onde irá pega-los e levar para a fazenda.
-          Anselmo
Luiza, vou para casa de meus pais pegar eles e levar para a fazenda, dai depois volto e pego você aqui, ok?
-          Luiza
Por mim tudo bem Anselmo.
-          Amélia
Luiza, eu tambem vou para a fazenda mais tarde, você pode ir comigo, te dou carona.
-          Luiza
Tudo bem Anselmo, póde ir e me esperar na fazenda que mais tarde vou com Amélia.
-          Anselmo
Então esta bem, vou até a cidade comprar umas coisas e depois busco meus pais e vou para a fazenda.
Anselmo vai para a cidade fazer compras e segue para a casa de seus pais, depois vai par a fazenda enquanto Amélia e Luiza estao no sobradinho conversando.
-          Luiza
Nossa Amélia como voc^está diferente, eu nem a conheci.
-          Amélia
Eu cresci né Luiza, afinal o tempo passa para todo mundo, como passou para você tambem.
-          Luiza
Verdade, mas me conta como conseguiu essa casa? não foi a tia Ju que te deu?
-          Amélia
Essa história é longa, oque posso te dizer é que foi um amigo que me deu.
-          Luiza
Ta bom! Conta outra, oque você fez por ele, porque ninguem da uma casa de graça.
-          Amélia
Quando eu sai de casa eu não tinha para onde ir e como eu conhecia o Guilhermo e sabia que ele era de confiança, alem de ser charmoso, vim para ca que era onde ele morava.
-          Luiza
Mas você era só uma menina e  ele quantos anos tinha?
-          Amélia
O Gui tinha um pouco mais de quarenta.
-          Luiza
Nossa que homem safado se aproveitando de uma menina.
-          Amélia
Safado ele até era, mas ele nunca se aproveitou de mim, tudo que fiz foi porque eu quiz.
-          Luiza
Mas você não se arrepende do que fez?
-          Amélia
Só me arrependo do que não fiz. E agora chega de falar do Gui, vou me trocar para irmos para a fazenda.
Luiza aproveitando que Amélia está se trocando, da uma volta pela casa para relembrar os tempos de Anita.
-          Amélia
Estou pronta vamos Luiza.
-          Luiza
Vamos que ja é tarde e daqui a pouco começa a escurecer e o Anselmo deve estar preocupado.
Luiza e Amélia vao para a fazend se juntarem com o restante do povo, com tantas pessoas presente fica dificil não ter assunto e a conversa se prolonga até altas horas.
-          Marta
Gente já são quase tres horas da madrugada, acho bom irmos dormir que daqui a pouco o dia vai amanhecer e ainda estamos aqui e temos muito que fazer amanha né.
-          Julieta
Verdade Marta, vamos dormir então.
Todos se retiram e seguem para seus devidos aposentos.
O dia amanhece e agora faltam dois (02) dias para o natal.  Já são oito (08) horas e os hospedes da fazenda ainda dormem, com excessão de Marta e Julieta que acordaram cedo.
Marta que foi falar com Rubão, quando voltava é surpreendida com a chegada de Lucia.
Com o carro ja parado Lucia sai e vai correndo abraçar sua irmã Marta, Roberto, Luizinho e Celeste vem em seguida.
-          Marta
Sejam bem vindos depois de tanto tempo, esqueceram de mim?
-          Lucia
Não é isso Marta, você sabe que em São Paulo as coisa são mais complicadas e fica dificil estar sempre aqui.
-          Celeste
Ah dona Marta a senhora até parece que não conhece dona Lucia, ela pra arrumar as malas levou quase um dia inteiro e eu duvido se ela não esqueceu alguma coisa para traz
-          Roberto
Não esqueceu porque eu sou um cara inteligente e me lembro de tudo, se não teria esquecido mesmo.
-          Marta
Você continua o mesmo hein Roberto!
-          Roberto
É, não tanto como a ultima vez que nos vimos.  Eu era mais bonito, mais novo, mas continuo sendo charmoso, inteligente, um verdadeiro gala.
-          Lucia
E continua convencido tambem.
-          Celeste
Mas dona Lucia isso ele sempre foi, não muda.
-          Roberto
Você ta vendo né Marta, sou humilhado até hoje e agora até a empregada deu de pegar no meu pé.
-          Lucia
E a Luiza Marta, você disse que ela veio?  Ainda esta aqui?
-          Marta
Está sim chegou a tres dias atras e esta dormindo como todo o resto do povo, ficaram conversando até altas horas e agora estão compensando o sono perdido.  Mas vamos entrando pessoal.  Aliás, você me disse Lucia que vinha um amigo do Roberto mas só estou vendo este rapaz de diferente, não parece ser tão velho.
-          Lucia
Não Marta esse é o Luizainho, lembra dele?
-          Marta
Menino como você cresceu, está um gato, um homem feito. Deve estar dando muito trabalho pras garotas né.
-          Luizinho
Que nada tia, continuo o mesmo, só um pouco mais bonito.
-          Roberto
Isso ele aprendeu comigo.  Mas, quanto ao meu amigo Marta, ele foi vizitar uns parentes dele e vem para ca só no dia de natal na parte da tarde.
-          Marta
Mas como ele vai achar a fazenda se ele não conhece aqui direito?
-          Roberto
Passei o endereço direitinho pra ele, mas qualquer problema ele liga pra fazenda antes.  Há, o melhor é que ele vai tirar muitas fotos daqui, principalmente das festividades.
-          Marta
Mas isso vai custar uma fortuna Roberto.
-          Roberto
Que nada, ele não vai cobrar nenhum centavo de nós, fica tudo por conta de termos aceitado deixar ele vir.
-          Celeste
Bom, podemos entrar que eu estou morta de fome, não tivemos tempo nem de tomar café em casa antes de sairmos
-          Marta
Vamos sim, eu vou mandar a empregada acordar o restante do povo pra tomarmos café todos juntos.
Os novos visitantes vao direto para a cozinha enquanto Marta vai com a empregada acordar o restante do povo

CONTINUAÇÃO DOS TRABALHOS 


25/OUTUBRO/2015


Luiza e  Anselmo são os primeiros a descer e quando chegam na sala de jantar encontram Lucia, Roberto, Luizinho e Celeste sentados.


-           Luiza
Oi Lucia quanto tempo, que saudades eu estava de você.
-           Lucia
Eu também estava com muita saudade de vocês Luiza, porque sumiram la de casa?
-           Luiza
Nossa vida está muito corrida, quase nem temos tempo de namorar.
-           Anselmo
Verdade Lucia, estamos trabalhando muito e quando chegamos em casa só queremos cama.
-           Lucia
E você Anselmo, não vai passar o natal com seus pais?
-           Anselmo
Claro Lucia, trouxe eles para cá também.
-           Lucia
Que bom Anselmo, assim ficamos todos juntos.

-         Roberto
E dessa vez espero que não tenhamos nenhuma tragédia.



Nesse momento Marta chega junto.
-          Marta
Pelo amor de Deus Roberto vira essa boca para lá.  Providenciei que viessem todos para cá e mandei comprar de tudo um pouco, assim evitamos que alguém sai da fazenda.
-          Lucia
Como sempre a minha irmãzinha pensando em tudo.

Chegam na sala Julieta e Heitor

-              Julieta
Nossa que melação é essa aqui, irmãzinha para lá, irmãzinha r cá. Será que cabe mais uma irmãzinha aí?
-              Lucia
Claro Ju vocês duas são minhas irmãzinhas do coração.
-              Heitor
Não sei se vai caber você não Ju, o Roberto ocupa muito espaço.
-              Roberto
Você continua comediante né Heitor

Heitor e Roberto se abraçam!  No mesmo momento em que os pais de Anselmo chegam a sala também.  Estando todos devidamente reunidos, Marta pede que a empregada sirva o café.
A apenas dois dias do natal, o pessoal decide sair para fazer compras de ultima hora, Luiza sai com Anselmo para conhecer a casa dos pais dele,  Lucia e Roberto também saem para passear e aproveitar para relembrar coisas que o passado deixou para trás.  Marta e Celeste ficam preparando a casa, ajeitando a arvore de natal.   Luizinho e a empregada de Marta se encarregam de preparar a área da piscina para a festa, arrumando as mesas e cadeiras.
Mais um dia se foi, já estamos no grande dia 25 de dezembro (natal) e todos estão numa correria total.  Todos levantaram cedo e ajudam nos preparativos. Depois de praticamente tudo pronto todos se reúnem na própria área da festa para tomarem um lanchinho, tendo em vista que não haverá almoço, apenas um coquetel que será oferecido aos convidados a partir das 14:00hs.

-              Marta
Bom pessoal, acho que tudo está pronto, mas se alguem tiver ideia para alguma coisa é só falar.
-              Roberto
Eu acho que está muito bom, não precisa de mais nada.
-              Heitor
Concordo com você Roberto, afinal somos só nós mesmos, então está otimo.
-              Marta
Vamos fazer o seguinte então, enquanto os homens se preocupam com a parte das bebidas, as mulheres cuidam dos salgados.



-              Luiza
Ótima idéia, estou com fome desde já.
-              Roberto
Luiza, não é para comer já, desse jeito não sobra nada para nós.
-              Luiza
Aff, me negando um salgadinho?   Você vai ver só, quando for comer vai te dar uma tremenda dor de barriga que você vai passar o resto do dia no banheiro.
-              Marta
Gente, gente, a conversa está boa mas vamos trabalhar.

12:00hs e tudo pronto!
Roberto e Lucia vão para a área da piscina e logo em seguida chega Luiza e Anselmo trazendo com eles um rádio.
-              Lucia
Nossa Luiza, estava pensando que não fossem colocar uma música pra animar um pouco.
-              Luiza
Festa pra mim tem que ter música, se não tiver não é festa.

Enquanto Luiza escolhe a música, uma voz bem ao fundo chama por Roberto.  

-              Anselmo
Roberto, é impressão minha ou tem alguém te chamando.
-              Lucia
Não é impressão não Anselmo, tem mesmo alguém chamando pelo Roberto.
-              Roberto
Deve ser o Heitor fazendo uma de suas brincadeiras de novo.
-              Anselmo
Mas não é a voz do Heitor não Roberto e vem la da entrada.
-              Lucia
Acho melhor você ir lá ver Roberto.

Quando Roberto segue em direção ao portão de entrada, de longe ele vê que quem chamava por ele era seu amigo Eduard, que acabara de chegar.

-              Roberto
Eduard que bom que você chegou, veio mais cedo do que havia me dito hein.
-              Eduard
Então Roberto, espero não atrapalhar, mas vim mais cedo porque achei chato chegar durante as festividades e aproveitei para tirar algumas fotos pelo caminho.  Nossa como tem lugares bonitos aqui hein.
-              Roberto
Que atrapalhar nada, já estávamos esperando por você, vamos entrando.  Olha, você pode tirar foto de tudo e de todos que quiser, sinta-se a vontade.
-              Eduard
Que bom, depois te mando uma cópia das fotos que tirar aqui, mas vai ter mulher bonita aqui?
-              Roberto
Olha, mulher vai ter bastante, mas toda casada e muito bem casada viu!  A única solteira é minha sobrinha, mas ela é muito novinha para você.
-              Eduard
Não, não, menina nova só traz problemas para a gente, to fora!
-              Roberto
Lucia, meu amigo Eduard, chegou mais cedo.
-              Lucia 
Oi Eduard, vamos chegando. Fique a vontade, a casa é sua também.
-              Eduard
Obrigado Lucia!  E aquela moreninha lá.  É a sua sobrinha?
-              Roberto
Sim é minha sobrinha também, mas é casada com aquele rapaz, o Anselmo.  Mas está curioso para conhecer minha sobrinha novinha?
-              Eduard
Não Roberto apenas perguntei.
-              Roberto
Te conheço Ed, sossega esse fogo rapaz.

Roberto arruma uma cadeira para Eduard se sentar , enquanto isso, Heitor, Julieta e os pais de Anselmo também se juntam a Lucia, Roberto, Luiza e Anselmo na área da piscina.

-              Heitor
Bom dia para todos!  E aí Roberto esse é o amigo que você disse ser chato pra caramba.
-              Roberto
Ed, não da confiança para o que esse cara fala, de cada 100 palavras que ele diz aproveitamos 1.
-              Heitor
Eduard!  Já ouvi falar muito de seu trabalho fotográfico em São Paulo, pelo que dizem você é excelente no que faz.   Essa é minha esposa Julieta.
-              Julieta
Oi, fique vontade, e se quiser dar um mergulho, não pense duas vezes.
-              Eduard
Obrigado, foi muita gentileza da parte de vocês aceitarem que eu viesse, nem da familia eu sou.  Vou tentar recompensar nas fotos.
-              Roberto
E a minha sobrinha Amélia, cadê ela Ju?
-              Julieta
Ela foi na cidade com o Luizinho.  Ela esqueceu de comprar um biquíni e foi ver se encontra um por lá.
- Roberto
Nesse fim de mundo? Duvido que encontre.
- Heitor
Bom gente, vamos nos acomodar e aproveitar o sol, afinal hoje é natal.

Todos se acomodam na área da piscina.  Julieta e Lucia sentam-se e ficam observando os movimentos. Roberto e Heitor dão voltas pelo jardim.  Eduard anda por todos os cantos tirando fotos de tudo.
Em uma de suas andanças Heitor passa perto da mesa onde estão Julieta e Lucia e Julieta o chama.

-         Julieta
Heitor, já são quase duas horas será que a Amélia esqueceu a hora?
-        Heitor
Acredito que não meu amor, daqui a pouco ela chega.

Lucia avista Luizinho!

-        Lucia
Olha lá o Luizinho, pelo jeito já chegaram. 
Luizinho vem cá meu filho
-       Julieta
Calma Lucia ele já está vindo.

Luizinho chega até onde está sua mãe.

-        Luizinho
O que foi mãe?
-        Lucia
Aconteceu alguma coisa? Vocês demoraram tanto.
-        Luizinho
Ah mãe, a Amélia ficou escolhendo o biquíni um tempão e nunca se decidia e depois me levou na casa dela para eu conhecer e aproveitou para experimentar o biquíni.
-        Julieta
Para Lucia, deixa eles, já estão aqui e isso é o que importa.
-        Luizinho
Com licença que vou dar um mergulho.

Luizinho cai na piscina. Roberto vai falar com Eduard, que está caminhando pelo jardim e fotografando o casarão.

-         Roberto
E ai Ed, Tá encontrando algo que se aproveite.
-        Eduard
Claro que sim, aqui tem muito para se fotografar, seria um prato cheio para os pintores de quadros.
-       Roberto
Pois é rapaz, mas isso aqui já foi mais bonito, agora anda meio abandonado, mas, vamos sentar um pouco e comer algo e aí você aproveita para tirar fotos do pessoal na piscina.
-       Eduard
Daqui a pouco eu vou Roberto, vou tirar mais algumas fotos e vou para lá.

Roberto vai voltando para a área da piscina enquanto Amélia sai do casarão com um biquíni vermelho e vestindo uma canga que cobria seu corpo, vem com Celeste trazendo salgadinhos para o pessoal.
Chegando na área da piscina.

-         Julieta 
Olha só Lucia, a Celeste arrumou uma ajudante.
-         Amélia 
Ah para mãe. Me poupe né!  Eu só quero ajudar.
-        Celeste
Dona Ju, eu não pedi não foi ela quem quis ajudar.
-        Lucia
Imagina Celeste, a Ju só está brincando.
-       Julieta
Verdade Celeste, é só brincadeira
-       Lucia
Amélia, tira a canga menina
-      Amélia
Ah tia, estou com vergonha
-     Julieta
Vergonha de quem Amélia, aqui só tem parente.
-       Amélia
Ah mãe, me deixa vai.   Vou dar uma volta depois entro na piscina.

Amélia sai andando .

-        Julieta
Lucia, você notou que a Amélia esta diferente, nem parece que é a mesma pessoa.   Está estranha.
-        Lucia
Para com isso Ju, esse é o jeito dela mesmo.  Ela cresceu lembra?
-        Julieta
É difícil entender, mas tenho que concordar com você, ela não é mais aquela criança que eu pegava no colo, brincava, que deitava em meu colo e dormia . . .
-        Lucia
Pelo amor de Deus Ju, você não vai chorar agora, hoje é dia de festa e não de choro.  Aceita que dói menos. Estamos ficando velhas.

Amélia vai passeando pelo jardim da fazenda quando de repente se encontra com Eduard fotografando a parte lateral do casarão.  Então ela se aproxima do rapaz.

-         Amélia
Ei, você não se cansa de tirar fotos não?  Nossa, desde a hora que você chegou que está tirando fotos.  Quem deu permissão para tirar tantas fotos?
-        Eduard
Você que é a Amélia?
 -       Amélia
Eu mesma. Mas como você sabe meu nome?
-       Eduard
O Roberto me falou.
-      Amélia
Nossa, onde já se viu falar de mim assim para estranhos. Mas você ainda não respondeu minhas perguntas.
-         Eduard
O Roberto pediu que eu tirasse fotos de coisas e lugares interessantes da fazenda, inclusive dos convidados e depois levo comigo para São Paulo para revelar e mando para ele.
-        Amélia
Então porque ainda não tirou fotos de mim?  Não me acha interessante?
-        Eduard
Na hora certa eu tiro sim. Você é muito bonita, mas tenho coisas mais interessantes para fotografar.
-        Amélia
Olha que você pode estar enganado, posso ser muito mais interessante que você pensa.
-        Eduard
Você é apenas uma menina mimada, agora me dá licença que preciso tirar fotos.

Eduard sai andando e Amélia fica parada olhando o rapaz, nesse momento sopra o vento, a risada macabra retorna e o espirito de Anita retoma o corpo de Amélia
.   Depois que Eduard da alguns passos, Amélia tira a canga e chama o rapaz.

-        Amélia
EI! Você acha que uma menina teria um corpo assim.

Eduard para e vira em direção de Amélia.  Quando ele pensa em xingar a menina, ele se depara com ela só de biquíni e fica estático só observando.

-          Amélia
O que foi? Está surpreso com a menina mimada?
-         Eduard
Você é só uma criança.
-        Amélia
Mas essa criança pode deixar qualquer homem louco.

-        Eduard
Você é muito oferecida garota.
-       Amélia
Ah ta!  Vai me dizer que você não gostaria de ter uma menina assim como eu em seus braços?
-      Eduard
Você definitivamente é louca.

Amélia se aproxima de Eduard e diz:

-       Amélia
Louca?  É assim que você define uma mulher que tem desejos?
-       Eduard
Mulher?  Você como eu já disse é apenas uma menina e não faz idéia do que esta falando.
-       Amélia
Eu sei muito mais do que você imagina, você é que não está pronto para conhecer o fantástico mundo de Amélia.

Amélia passa a mão sobre o rosto de Eduard, dá as costas para o rapaz e sai andando e o rapaz fica parado sem saber o que dizer.

Amélia segue em direção da cozinha onde fica conversando com Celeste.
-          Celeste
Oi Amélia, ué você não vai entrar na piscina?
-          Amélia
Agora não! Estou dando umas voltas e curtindo a paisagem.
-          Celeste
Sei bem qual paisagem você está curtindo. Cuidado heim, esses homens bonitões geralmente são casados.
-          Amélia
Que casado Celeste ele nem usa aliança e se for também nem me importo ele não faz o meu tipo.

Nesse momento chega Marta perguntando:

-          Marta
Quem não faz o tipo de quem aí?
-          Celeste
A Amélia Marta, de olho no fotógrafo amigo do seu Roberto.
-          Amélia
Ah Celeste deixa de ser fofoqueira, eu apenas conversei uns minutinhos com o môço e você ja acha que estou de olho nele.
-          Marta
Olha Amélia, se você tiver metade do fogo que sua mãe tinha quando era mais nova, esse rapaz será preza fácil para você, afinal esse é um dom das mulheres de nossa família, ter fogo entre as pernas.
-          Celeste
Então foi com esse fogo que a senhora arrastou o Rubão dona Marta?
-          Marta
E eu lá preciso ter fogo para dominar um homem Celeste?  Fui logo entrando na casa dele e pegando ele pelos braços joguei ele sobre a cama e . . . espera aí, você não acha que está querendo saber demais Celeste?  Vai cuidar dos seus afazeres, dos salgadinhos... francamente

Amélia cai na risada!

Celeste vai buscar salgadinhos para levar ao pessoal na piscina novamente, Marta sobe para o quarto e Amélia sai andando pelo jardim.  Enquanto isso Eduard em suas caminhadas encontra com Rubão e os dois pegam a conversar.

-          Rubão   
Olá, você que é o tal de Eduardo que o Roberto tanto fala?
-          Eduard
Eduard, não tem O no final. Sou eu mesmo e você é o Rubão marido da Marta isso?
-          Rubão
Isso mesmo, mas como você sabia?
-         Eduard
O Roberto me mostrou todos vocês aqui da fazenda em fotos que ele guarda.  Inclusive ele me falou da tal tragédia que aconteceu na família a alguns anos.
-          Rubão
Verdade, mas o pessoal aqui não gosta muito de falar no assunto não e pensar que eu levei a Lucia la no sobrado da moça pra ver se o marido dela Fernando estava la com a garota, mas na hora que chegamos la ela não teve coragem de entrar na casa.  Eu tinha certeza que ele estava la, mas na época eu era criado da família e não podia falar nada.
-          Eduard
Mas eles tiveram mesmo um caso? Digo a menina do sobrado e o marido de Lucia?
-          Rubão 
Se tiveram um caso?   Quando a moça morreu ela estava gravida, mas só não se sabia se era do marido de Lucia ou de um garoto que trabalhava em frente a casa da moça e que também teve um caso com ela.
-          Eduard
Então era um triangulo amoroso?
-          Rubão
Póde se dizer que sim, mas na minha humilde opinião ela era uma putinha que não se contentava com um homem só  uma mulher fogosa, sedutora, perigosa diria. Como essa filha da Julieta, ela também tem um fogo entre as pernas que deixar você com ela sozinho por alguns minutos , seria um prato cheio para ela.
-          Eduard
Você já está exagerando meu amigo, ela não é tudo isso não.
-           Rubão
Então fica com ela sozinho em um lugar  durante cinco minutos e depois você me conta
-           Eduard
Ela é apenas uma menina!
-          Rubão
Uma menina com um alto poder de sedução e malicias de mulher.

Rubão vê Amélia de longe e mostra para Eduard que, fixa o olhar na menina de longe com um ar de curiosidade e desconfiança.   Rubão incentiva Eduard a ir atrás de Amélia.

-          Rubão
Vai lá amigo, aproveita agora que ninguém ainda mexeu.  Olha só que delicia de menina.  Já imaginou ela peladinha na sua frente?
-          Eduard
Nem quero imaginar cara, isso é chave de cadeia.

Eduard sai caminhando e direção de Amélia que segue em direção da piscina, mas o rapaz não tira os olhos da menina.  Quando ele chega próximo da piscina se depara com  Roberto que vem em sua direção

-          Roberto
E ai meu irmão, tirou muitas fotos por ai?
-          Eduard
 Claro! Aqui tem muitas paisagens bonitas e coisas interessantes também. Agora vim aqui tirar fotos do pessoal na piscina, afinal temos que registrar esse momento né?
-          Roberto
Verdade, aproveita e tira bastante foto da minha sobrinha linda ali que eu vou buscar umas cervejinhas para nós.

Eduard tira algumas fotos de Amélia de canga enquanto ela não percebe e quando a menina percebe que Eduard está tirando fotos suas ela começa ase exibir.  Primeiro ela da umas olhadinhas sensuais para ele ver que ela percebeu, dai tira a canga com a maior tranquilidade e bem devagar.  Amélia estica a canga no chão e deita sobre ela de costas para Eduard que continua a tirar fotos dela.  A menina se vira, senta faz movimentos que deixam o jovem fotografo pirado.  Eduard se aproxima da beira da piscina e sempre procurando um ângulo melhor para tirar fotos.   Amélia se levanta e de biquíni rosa caminha até a piscina sobre os olhos fixos de Eduard, mas ela sabe fazer de conta que não está vendo nada e segue para o outro lado da piscina em frente ao fotografo e mergulha.  Submersa na água Amélia vai em direção a Eduard e quando ela surge fora d’água, está frente a frente com o rapaz que nem pisca ao ver a menina ali.

-          Amélia
Oque foi nunca viu uma mulher de biquíni na sua frente dentro de uma piscina?
-          Eduard
De biquíni sim, mas sem dentro da piscina sem ele é a primeira vez.

Amélia olha para baixo e percebe que a parte de cima de seu biquíni saiu e ela está com os seios totalmente a mostra, a menina se assusta e tampa com as mãos enquanto Eduard sorri.

-          Amélia
 Ei, você vai ficar aí rindo? Pega meu biquíni pra mim.
-          Eduard
Seu biquíni está quase no meio da piscina e você acha que eu vou entrar ai, está enganada , não entro não

Mas Eduard não percebe que Roberto chega pelas suas costas e numa fração de segundos tira a câmera das mãos do rapaz e o empurra para dentro da piscina.

-          Eduard
Poxa! Valeu amigão, eu só trouxe uma troca de roupa.
-      Roberto
Deixa de ser mentiroso eu te vi com duas malas enormes, aproveita que ta ai e faz o favor pra minha sobrinha linda.

Eduard pega o biquíni e vai até Amélia entregar.  Chegando perto da menina, mas bem perto mesmo ele diz baixinho para ela
-          Eduard
Você é inocente, não sabe o que faz.  
Isso vai ter troco viu seu Roberto, ah se vai.
-          Roberto
Sai da água e vem comigo que vou te mostrar onde trocar de roupas.

Eduard sai da água e vai com Roberto até uma área fechada próximo a sauna. Chegando lá:

-          Roberto
Senta ali naquele banco Ed que vou buscar uma roupa seca pra você e já volto.

Mas o que Ed não sabia é que a menina Amélia tinha ido atrás deles e estava escondida só observando o rapaz e quando ela viu que seu tio já havia saído, ela chegou correndo de biquíni e sem dar chance de Eduard reagir, sentou-se sobre o colo do rapaz e deu-lhe um beijo na boca e em seguida a menina fixou os olhos nele e disse.

-          Amélia
Experimenta um pouquinho da minha inocência.

Amélia se levanta e sai sorrindo enquanto Eduard fica sentado e sem reação. Minutos depois Roberto chega e se espanta com a forma que o rapaz está.
-          Roberto
Ed o que houve? Parece que você viu um fantasma. O que houve? Fala comigo rapaz.
-          Eduard
Eu não sei se... oque foi aquilo?...  ela é doida...
-          Roberto
Ela quem Ed? Rapaz você está me deixando preocupado.
-          Eduard
Nada não Roberto, estou só pensando alto
-          Roberto
Então toma a sua roupa vai se trocar. Enquanto isso vou indo para a piscina. Te espero la.
-          Eduard
Beleza, vai lá que vou me trocar e desço. Ah, pode me devolver a minha câmera, por favor.

Roberto devolve a câmera para o rapaz e segue em direção da piscina  Eduard começa a trocar de roupas  e quando termina pega sua câmera e vai para a área da piscina. Chegando lá Eduard se depara com Amélia deitada sobre uma toalha e sem a canga, quando ela percebe que o rapaz está olhando, ela começa a provoca-lo.  Amélia passa a mão no seu corpo, ajeita o biquíni, em seguida ela senta-se e pega um tubo de creme e começa a passar pelas pernas e sempre olhando para Eduard, que fica paralisado e a menina joga beijinhos para ele, pisca até que Eduard é interrompido por Roberto.

-          Roberto
Meu amigo, pelo menos disfarça porque todo mundo já percebeu que você não tira o olho da minha sobrinha, mas aqui entre nós Ed, ela é linda né?
-          Eduard
 Opa! Respeita sua sobrinha, Roberto
-          Roberto
Sobrinha da Lucia, minha não é nada.

Nesse momento Amélia se levanta e vai até Roberto e Eduard

-          Amélia
Oi gente, Eduard esse é seu nome mesmo né, será que você pode tirar umas fotos minhas de varias posições?

Antes que Ed pudesse responder, Lucia grita para Roberto.

-          Lucia
Roberto a cerveja está acabando vai buscar mais para nós na cidade meu amor.
-          Roberto
Poxa, com tanta gente aqui tem que ser eu?
-          Eduard
Roberto, se quiser posso ir buscar e aproveito para compra mais pilhas para minha câmera.
-          Roberto
Ótimo, mas quem vai te levar? Eu estou sem condições de dirigir.
-          Amélia
Ah, se você quiser e o Eduard não se importar eu posso leva-lo, preciso mesmo ir buscar mais roupas para mim.

-          Roberto
Claro que ele não se importa querida, mas vê se vocês não demoram e tenham juízo.

E então os dois saem a caminho da cidade no jipe de Amélia.


02/Novembro/2015

-          Amélia
Póde deixar titio que juízo eu tenho de sobra e se o moço aqui quiser eu dou um pouquinho para ele.     
-          Eduard
Juízo você?  Faz-me rir.
-          Amélia
Tenho sim. Sou muito ajuizada viu.
-          Eduard
Então deixa de falar lorota e vamos logo que eu tenho muitas fotos para tirar ainda.
-          Amélia
Tem mesmo, principalmente minha, mas espera um pouquinho só, vou emprestar o short da Luiza, não vou na cidade assim né?

Depois de pegar e vestir o short de Luiza, Amélia e Eduard entram no jipe e seguem para a cidade.  No meio do caminho eles continuam conversando.

-           Amélia
Você já sabe como fará minhas fotos?
-          Eduard
Não, nem estou preocupado em pensar.
-          Amélia
Tem que ser fotos bem produzidas. quero fazer as fotos de biquíni, ou sem, mas ai você que sabe.
-          Eduard
Para mim tanto faz, não sou eu que vou passar vergonha nas fotos, com ou sem roupas você é ridícula menina.
-          Amélia
Hã !  nossa Ed, falando assim você me deixa profundamente magoada, não se deve falar esse tipo de coisa para uma mulher.  Saudades do Gui, ele sim era incapaz de magoar meus sentimentos. Homem como ele jamais existirá.

Enquanto os dois vão para a cidade na fazenda a preocupação de Julieta com sua filha é grande e vai questionar Roberto

-         Julieta
Roberto, será que não é perigoso deixar a Amélia sair assim sozinha com um cara que nem conhecemos direito?
-          Roberto
Claro que não Ju, pode ficar tranquila que o Ed é de total confiança, jamais fará algo de ruim com Amélia.  Conheço ele faz tempo e sei que ele é gente boa. É mais fácil Amélia agarrar ele do que ele agarrar ela.
-          Julieta
Credo Roberto, não fala assim da minha menina, ela é inocente.
-          Roberto
Inocente sou eu

Enquanto isso na cidade>

-          Amélia
Bom senhor fotógrafo, chegamos a cidade. você quer ficar aqui ou vai comigo na minha casa?
-          Eduard
Não, eu fico aqui mesmo depois vejo como faço para voltar à fazenda, obrigado!
-          Amélia
Não vai encontrar ninguém para te dar carona até a fazenda.  Vamos fazer assim, vou com você comprar as bebidas e depois vamos ao meu sobradinho para eu tomar banho e depois tomamos café e voltamos a fazenda certo.
-          Eduard
Não sei se isso vai dar certo não.
-          Amélia
Nossa, está com medo de uma menina inocente?
-          Eduard
Medo de você? Nunca.  Vamos fazer do seu jeito então.

Amélia pula de alegria e diz:

-         Amélia
 viu, eu sei convencer um homem a fazer o que eu quero.
-          Eduard
Para a palhaçada senão eu não vou mais, estou indo por vontade própria e não porque você quer.
-          Amélia
Ta bom, desculpa! Não está aqui mais quem falou.

Os dois vão até um mercadinho comprar pilhas e cervejas.  Chegando lá.

-          Eduard
Olá, vocês vendem pilhas para câmera fotográfica e cervejas?
-          Manoel
Sim, temos as pilhas aqui no caixa e a cerveja fica lá no fundo
-          Eduard
Amélia, espere aqui que vou lá no fundo buscar as cervejas.

Eduard vai ao fundo do mercado e enquanto isso Amélia apronta das suas.

-          Manoel
Vocês não são daqui né, nunca os vi na cidade.  São casados?
-          Amélia
Sim somos casados, nos mudamos a pouco tempo para cá.  Moramos naquele sobradinho verde na outra rua.
-          Manoel
No sobradinho dos assassinatos?

Neste momento sora o vento de conchita e o espirito de Anita retorna.

-          Amélia
Sim, no mesmo sobrado que eu e meu marido morremos.

-         Manoel
Co...como assim mo... moça?
-         Amélia
Eu fui esfaqueada dentro do meu quarto pelo homem que eu mais amava e depois voltei para busca-lo, levei ele para dentro do quarto, segurei com meu extinto sedutor e ateei fogo na casa, levando ele comigo e agora voltei para minha casa com meu marido.

Nesse momento em que Manoel se encontra assustado , chega Eduard com as bebidas e passa no caixa.  Após pagar tudo quando estão saindo do mercado.

-          Manoel
Ei moço, toma aqui!  Dê esse bombom para sua esposa, gente boa viu, parabéns.
-          Eduard
Esposa? Ah tá entrego sim.

Eduard sai sem entender nada e entrega o bombom para Amélia, olhando dentro dos olhos dela ele diz:

-          Eduard
Esposa????

Amélia ri e continua andando até o jipe. Os dois segue para o sobrado. Chegando lá.

-          Amélia
Chegamos meu amor, lar doce lar.
-          Eduard
Não começa de gracinha, vai lá que eu espero aqui fora mesmo.
-          Amélia
Deixa de fazer drama, vamos entrar que eu vou tomar banho e prepara um café para nós.   Pode vir não vou te agarrar não.
-          Eduard
Vou entrar mais se fizer qualquer gracinha eu saio e volto para a fazenda a pé.

Os dois entram no sobrado.

-          Eduard
 Essa porta não tem chave não?
-         Amélia
Nunca teve. Vamos la para cima e eu vou tomar um banho rápido, dai descemos para tomar café. 

Amélia chega bem próximo de Ed e diz.

-          Amélia
Você quer tomar banho comigo?

-          Eduard
Menina, você é muito abusada.  Você da sorte que eu sou um cara controlado, porque se fosse outro já tinha te pego de jeito.


-          Amélia
 Então me pega de jeito, me mostra o homem que existe ai dentro, rasga minha roupa
me leva nos braços até meu quarto, me joga na cama e transforma essa menina em uma mulher.  Me deixa sentir seu corpo roçando entre minhas pernas, me beija dos pés a cabeça e depois me possua com toda sua raiva.  Claro que isso é impossível porque você é um cordeirinho.

Eduard pega Amélia pelos braços, a puxa até junto de seu corpo.

-          Eduard
Menina não me provoca, que se eu te pegar eu vou fazer um estrago em você.
-          Amélia
Nossa! Estou assustada, quase acreditei.  Não tenho medo de homens como você, CORDERINHOS, vocês não fazem mal a uma mosca. Quem fala muito, faz pouco.  Agora solta meu braço que você está me machucando.

Eduard solta o braço de Amélia e pede desculpa

-          Eduard
 Desculpa! Você me fez perder o controle.
-          Amélia
Vamos subir então, CORDERINHO!

Os dois sobem para o quarto, chegando lá Amélia se joga na cama.

-          Amélia
Lar doce lar.  Minha querida caminha estava com saudades.

Amélia segue em direção da estatueta conchita.

-          Amélia
Conchita, minha amiga inseparável.
-          Eduard
Onde você conseguiu essa estatueta.
-          Amélia
Foi o Guilhermo, ele trouxe de São Paulo especialmente para mim.  Mas pelo que me disseram ela já estava aqui, apenas voltou para seu lar.  Chega de conversa, vou tomar banho.  Fica a vontade Ed. Volto logo!

Enquanto Amélia toma seu banho cantando, Eduard anda pelo quarto, vai até a sacada, observa tudo, desce e vai até a cozinha preparar o café , arruma a mesa e senta para esperar a menina descer.  Amélia termina a seu banho e sai enrolada na toalha e não encontra Eduard no quarto.

-          Amélia
Ed cadê você? Eu não gosto que estranhos fiquem andando pela minha casa.
-          Eduard
Estou aqui em baixo na cozinha.

Amélia desce até a cozinha ainda enrolada na toalha.  Chegando lá.

-          Amélia
Porque você não ficou la em... nossa! Você fez o café, arrumou a mesa.   Hum que homem prendado.
-          Eduard
É, eu não sou um monstro como você pensa..
-          Amélia
Não disse que era um monstro, disse que era cordeirinho
-          Eduard
Agora só falta você se vestir para tomarmos café
-          Amélia
Mas eu estou vestida com a toalha
-          Eduard
Digo se vestir com roupa.
-          Amélia
Porque, a toalha te incomoda?  Quer que eu a tire?

Amélia tira a toalha e fica nua diante de Eduard, que por sua vez nem pisca olhando para a garota.

-          Eduard
Acabo de crer que você é realmente louca garota.
-          Amélia
Então deixa a minha toalha quieta e vamos tomar café.


CONTINUA!!!!




AUTOR:  CLAUDIO AMARAL

3 comentários:

Unknown disse...

anciosa pela proxima semana

Unknown disse...

Muitoo bom..esperando ansioso também (:

CLAUDIO AMARAL disse...

Obrigado gente, amanha tem mais um capitulo da Magia de Conchita, aguardem!